Mais de 1.700 russos são presos em manifestações contra invasão à Ucrânia
Na capital Moscou foram 940; Kremlin considera ‘protestos não autorizados’ contra a lei
As investidas de Vladimir Putin contra a Ucrânia, nesta quinta-feira, 24, desagradaram os cidadãos russos. Horas depois dos primeiros ataques, milhares de pessoas foram para às ruas na Rússia protestar contra o presidente. De acordo com o OVD-Info, grupo de direitos humanos que rastreia prisões políticas, cerca de 1.702 pessoas foram presas em 53 cidades diferentes, pelo menos 940 delas em Moscou. O Comitê de Investigação da Rússia informou em comunicado que protestos não autorizados são contra a lei. A ativista Marina Litvinovich chamou pessoas para as ruas e foi uma das detidas pela polícia, do lado de fora de sua residência. Nas redes sociais, a ativista de oposição Tatyana Usmanova disse que pensou ‘estar sonhando’ quando acordou com a notícia da invasão. “Uma desgraça que estará para sempre conosco agora”, escreveu ela. “Quero pedir perdão aos ucranianos. Não votamos naqueles que desencadearam a guerra”. Cartas abertas e abaixo-assinados circulam nas redes sociais russas com mais de 280 mil assinaturas para que o ataque seja encerrado.
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