Mais de mil pessoas são presas na Rússia após protestos contra mobilização militar

Manifestantes organizaram protestos em 23 cidades do país, incluindo a capital Moscou; Putin convocou reservistas para atuar na ofensiva contra a Ucrânia

  • Por Jovem Pan
  • 21/09/2022 15h02 - Atualizado em 21/09/2022 16h34
Alexander NEMENOV / AFP Manifestantes presos na Rússia Manifestantes gritavam frases de efeito, como 'não à guerra!' e 'não à mobilização!'

Autoridades da Rússia prenderam mais de mil pessoas em meio aos protestos contra a mobilização parcial de tropas da reserva anunciada pelo presidente Vladimir Putin. O último balança apontava que 1.026 pessoas tinham sido detidas. As prisões aconteceram nesta quarta-feira, 21, horas depois do anúncio. Segundo a OVD-Info, organização que monitora as detenções de opositores, as mobilizações aconteceu em 23cidades do país. Em Moscou, ao menos 50 pessoas foram presas em avenidas da capital. Os manifestantes gritavam frases de efeito, como “não à guerra!” e “não à mobilização!”. “Todo o mundo tem medo. Sou a favor da paz e não quero ter que atirar. Mas é muito perigoso sair agora, se não teria muito mais gente”, disse um manifestante de São Petersburgo, Vasily Fedorov, um estudante que usava um emblema da paz no peito. Outro manifestante, Alexei Zavarki, 60, lamentou a resposta dos policiais às manifestações. “Vim para participar, mas parece que já levaram todo o mundo”, disse. “Não sei aonde vamos, este governo assinou sua sentença de morte, destruiu a juventude”. Em discurso à nação nesta quarta, Putin decretou uma mobilização parcial dos reservistas para atuar na ofensiva contra a Ucrânia e disse estar disposto a usar todo seu arsenal contra o Ocidente.

*Com informações da AFP

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