Manifestação muçulmana deixa ao menos quatro policias mortos e mais de 250 feridos no Paquistão
Organização protesta contra a prisão do seu líder Saad Rizvi e exige a expulsão do embaixador da França devido à publicação de caricaturas satíricas do profeta Maomé em uma revista francesa
Uma manifestação do grupo muçulmano Tehrik-e-Labaik (TLP) nesta quarta-feira, 27, resultou na morte de pelo menos quatro policiais e dois manifestantes no Paquistão. Segundo o ministro-chefe da província de Punjab, Usman Buzdar, 253 pessoas estão feridas. A organização islâmica protesta contra a prisão do seu líder Saad Rizvi, detido em abril quando o governo paquistanês tornou o TLP ilegal, e exige a expulsão do embaixador da França devido à publicação de caricaturas satíricas do profeta Maomé na revista francesa Charlie Hebdo. Nesta quarta, milhares de apoiadores do Tehrik-e-Labaik se reuniram em uma rodovia na cidade de Sadhuke, em Punjab, enquanto marchavam em direção à capital Islamabad, de acordo com informações do The Washington Post. A manifestação ocorre um dia após o primeiro-ministro Imran Khan anunciar que não fecharia a embaixada francesa no Paquistão. No fim de semana, o grupo ilegal havia dado três dias para o governo cumprir as suas demandas.
Relembre os ataques à revista Charlie Hebdo
Em 2015, a redação do veículo foi atacada por jihadistas pela veiculação da imagem do profeta — 12 integrantes da revista foram mortos. Em setembro de 2020, um novo ataque a facas ao redor do Charlie Hedbo deixou quatro feridos. A ação ocorreu depois da republicação do cartum. A representação imagética do profeta voltou a motivar um atentado terrorista na França em outubro do mesmo ano, quando o professor Samuel Paty foi decapitado depois de mostrar as tais charges aos estudantes em uma aula sobre liberdade de expressão.
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