Protestos em Beirute, no Líbano, deixam um policial morto e pelo menos 172 feridos

O ato, chamado “Dia da Ira”, reuniu centenas de pessoas na simbólica Praça dos Mártires. Gritando ‘renúncia’, um grupo tentou invadir o Parlamento libanês e foi repelido pela polícia

  • Por Jovem Pan
  • 08/08/2020 13h23 - Atualizado em 08/08/2020 18h08
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EFE/EPA/NABIL MOUNZER Pessoas protestam na capital do Líbano, no chamado "Dia da Ira"

Um policial morreu e pelo menos outras 172 pessoas ficaram feridas em um sábado de violentos protestos em Beirute contra o governo e outras autoridades do Líbano, após a explosão ocorrida no começo desta semana, que deixou 154 mortos, mais de 5 mil feridos e dezenas de desaparecidos, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde do Líbano.

No Twitter, as forças de segurança libanesas informaram que o agente “morreu durante o processo de manter a segurança enquanto acompanhava pessoas detidas dentro do hotel Le Gray (no centro da cidade), após sido atacado por vários rebeldes assassinos, o que o levou a cair e morrer”. Os manifestantes culpam a classe política do país pelo incidente e exigem a renúncia de autoridades do governo.

O protesto, chamado “Dia da Ira”, reuniu centenas de pessoas na simbólica Praça dos Mártires. Gritando ‘renúncia’, um grupo tentou invadir o Parlamento e foi repelido pelos agentes, o que desencadeou o confronto. Manifestantes jogaram pedras nos policiais, que responderam jogando bombas de gás lacrimogêneo. Alguns deles, inclusive, arremessaram de volta as pedras.

Pouco antes dos confrontos, os manifestantes começaram a se reunir na praça para expressar rejeição às autoridades, a quem culpam pela grave crise econômica do país. “Falamos e falamos, mas ninguém nos ouve”, disse um dos manifestantes, mostrando indignação pela explosão de 2.750 toneladas de nitrato de amônio armazenadas no porto de Beirute por seis anos, sem fiscalização.

“Venho como um cidadão que quer garantir seu futuro”, disse outro jovem manifestante, que segurava uma flor branca para simbolizar aqueles que morreram devido à explosão. Em setembro do ano passado, o Líbano já havia sido palco de grandes manifestações contra o governo e o regime sectário devido à crise econômica e política.

*Com informações da Agência EFE

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