Manifestantes vão às ruas e quatro morrem em protestos por novas eleições no Peru

População pede renúncia da presidente Dina Boluarte e a libertação do ex-presidente Pedro Castillo, acusado de uma fracassada tentativa de golpe

  • Por Jovem Pan
  • 12/12/2022 21h29
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EFE/ Paolo Aguilar peru; manifestações a favor de pedro castillo Mortes aconteceram em Apurímac e Chincheros, que já tem mais manifestantes do que policiais nas ruas

Os confrontos nos protestos que exigem a convocação antecipada de eleições no Peru e a renúncia da presidente Dina Boluarte já somam quatro manifestantes mortos, o último deles confirmado na província de Chincheros, no departamento de Apurímac, epicentro do conflito, segundo confirmaram a EFE fontes policiais. O falecido foi identificado como Jhonatan Lloclla, que se tornou a quarta vítima nos protestos que começaram após a prisão do ex-presidente Pedro Castillo por sua fracassada tentativa de golpe e a chegada de Boluarte à presidência na última quarta-feira. Na província de Chincheros, manifestantes atearam fogo à sede do Ministério Público e em uma delegacia, relataram fontes da Polícia Nacional do Peru (PNP). “Precisamos de apoio em Chincheros! Que venha um helicóptero para dispersar a população. Somos apenas 30 soldados. Já estamos ficando sem munição, temos policiais feridos”, pediu um policial em um áudio ao qual a EFE teve acesso. Da mesma forma, fontes policiais asseguraram que a multidão de manifestantes de Chincheros, estimada em cerca de 300 pessoas, já é superior ao efetivo das forças de ordem. Enquanto isso, em Andahuaylas, também em Apurímac e onde há duas mortes registradas, a presença de manifestantes foi reduzida para cerca de 500 pessoas, que continuam enfrentando as forças de segurança com foguetes, coquetéis molotov e outros dispositivos, segundo a PNP. Para essa região, o governo de Dina Boluarte, por meio de seu ministro da Defesa, anunciou que será declarado um estado de emergência nas próximas horas para lidar com as manifestações. Por outro lado, a PNP alertou nas suas redes sociais que incorrerão em crime de motim todos que atentarem contra a integridade física dos agentes ou de outras pessoas e causarem danos patrimoniais.

*Com informações da EFE

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