Mesmo com vacina, OMS diz que mundo pode ter até 6 meses de alta nas mortes e casos da Covid-19

Diretor do programa de emergências admitiu preocupação com o combate ao coronavírus no Brasil e afirmou que países americanos ‘nunca saíram da primeira onda’

  • Por Jovem Pan
  • 18/12/2020 17h06
REUTERS/Pascal Rossignol/File Photo Pessoas na rua Mundo tem mais de 75 milhões de casos da Covid-19 e 1,6 milhão de mortes

O diretor do programa de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mike Ryan, admitiu preocupação com o combate à pandemia da Covid-19 em países das Américas, entre eles o Brasil, que tem aumento recente no número de casos e mortes. Em entrevista coletiva, Ryan disse que esses países “nunca saíram da primeira onda”. “Agora, encaram um período intenso, em que precisam colocar em prática todas as medidas preventivas necessárias”, afirmou. Além disso, lembrou que, nos primeiros momentos de campanhas de vacinação, não haverá número suficiente de imunizantes para toda a população, o que obrigará a manutenção dos protocolos de segurança e higiene. “A vacina é motivo de esperança e devemos comemorar, mas os próximos três ou seis meses serão muito duros. Nos países que têm transmissão intensa do vírus isso deve se piorar”, disse o diretor da OMS.

Ryan destacou que, apesar do início das campanhas de vacinação, o mundo pode ter ainda seis meses com altos números de casos e mortes. Segundo o especialista, os países que conseguiram manter a propagação do novo coronavírus sob controle “podem sofrer para se manter assim”, como regiões da Ásia Oriental, que encaram alta nos indicadores, após meses de calma. Até o momento, Estados Unidos e Reino Unido, por exemplo, iniciaram processo de imunização com a vacina produzida pelas companhias Pfizer e BioNTech. Já a Rússia tem aplicado na população a Sputnik V, que foi produzida no país. Ryan também fez um alerta para as nações que conseguiram controlar o contágio em outros momentos da pandemia. De acordo com ele, isso não significa uma resposta definitiva contra o novo coronavírus. “O êxito passado não é garantia de que haja um êxito no futuro”, explicou.

* Com informações da EFE

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