Mina de carvão explode na Colômbia e mata ao menos 11 pessoas

Segundo as autoridades, cerca de 10 estão soterradas; incidente resultou do ‘acúmulo de gases’, motivo mais comum de acidentes na mineração no maior produtor de carvão da América Latina.

  • Por Jovem Pan
  • 15/03/2023 14h31 - Atualizado em 15/03/2023 17h27
Cundinamarca Fire Department / AFP explosão de mina de carvão Socorristas trabalham para resgatar mineiro soterrados em mina de carvão na Colômbia

A explosão de uma mina de carvão na Colômbia matou ao menos 11 pessoas e deixou 10 soterradas na terça-feira, 15, informou as autoridades locais. Duas foram resgatadas com vidas, informou a Agência Nacional de Mineração (ANM). O incidente resultou do “acúmulo de gases” – motivo mais comum de acidentes na mineração no maior produtor de carvão da América Latina – que explodiram devido a uma faísca gerada no trabalho e que causou uma reação em cadeia, explicou o governador de Cundinamarca, Nicolás García, em entrevista à Blu Radio. “Ainda estamos nas buscas e resgates das dez (pessoas) que nos restam” e que permanecem presas. “Cada minuto que passa é menos tempo de oxigênio” e é “bastante difícil” encontrá-los com vida, lamentou. Os mineiros estão presos a 900 metros de profundidade, o que dificulta os trabalhos de busca dos mais de 100 socorristas envolvidos. Trabalhadores de outras minas próximas chegaram com suas caixas amarelas e lanternas para se somarem aos esforços de resgate. De acordo com o governador, a explosão ocorreu na noite de terça-feira em um túnel de seis minas legais “que se comunicam entre si”. O presidente colombiano, Gustavo Petro, lamentou o ocorrido nas redes sociais. “Aconteceu uma lamentável tragédia na mina de Sutatausa, onde 11 pessoas morreram. Estamos fazendo todos os esforços com o governo de Cundinamarca para resgatar com vida as pessoas soterradas. Um abraço de solidariedade às vítimas e seus familiares”, escreveu no Twitter. As tragédias mineiras são frequentes na Colômbia, especialmente nas explorações ilegais de Cundinamarca e em outros departamentos do centro e do nordeste do país. O Ministério de Minas e Energia registrou mais de 1.262 acidentes desse tipo desde 2011 até maio de 2022, deixando uma média de 103 mortes anuais.

 

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