Ministro do Meio Ambiente da República Dominicana é assassinado por amigo

Orlando Jorge Mera foi atingido por sete tiros em seu gabinete nesta segunda-feira

  • Por Jovem Pan
  • 07/06/2022 00h25 - Atualizado em 07/06/2022 00h25
EFE/Orlando Barria orlando jorge mera; república dominicana Orlando foi atacado enquanto trabalhava, em seu gabinete, nesta segunda-feira

O ministro do Meio Ambiente da República Dominicana, Orlando Jorge Mera, foi assassinado nesta segunda-feira, 6, por um amigo de infância, que disparou contra ele várias vezes em seu gabinete. O assassino confesso, Miguel Cruz, fugiu após o tiroteio e se refugiou em uma igreja, onde horas depois se entregou à Polícia Nacional, na presença de membros do Ministério Público. Ao chegar ao templo, Cruz entregou a arma a um padre a quem explicou ter cometido um crime, embora sem identificar a vítima, segundo informou a Procuradoria-Geral da República em comunicado. Jorge Mera, de 55 anos e filho do ex-presidente Salvador Jorge Blanco, era amigo pessoal e correligionário do atual presidente dominicano, Luis Abinader, que expressou suas “mais profundas condolências” à família do ministro. A polícia ainda não deu informações oficiais sobre o homicídio, nem explicou qual seria o motivo do crime.

Um político que estava no saguão do gabinete de Jorge Mera, esperando ser recebido pelo ministro, relatou que um homem entrou sozinho na sala e então foram ouvidos sete tiros. “Os tiros foram ouvidos no gabinete do ministro e todos começaram a fugir. Foi uma situação caótica no Ministério do Meio Ambiente”, disse Juan de Dios Liberata, vereador do município de Sabaneta. De acordo com Liberata, “mais tarde, depois de todas as pessoas terem saído para a zona verde do ministério, ouviram-se mais alguns tiros dentro do ministério”. Jorge Mera foi a única vítima do tiroteio e também não há registro da tomada de reféns, embora a polícia tenha enviado ao local uma equipe de agentes antissequestro, além de membros da unidade de elite da SWAT. Ao se apresentar no gabinete do ministro, Cruz estava “nervoso”, segundo contou Genaro Herrera, que se identificou como amigo mútuo do ministro e do suposto assassino.

“De verdade, Miguel me surpreendeu com isso. Eu sei que ele fez uma cirurgia cardíaca de peito aberto e isso o deixou deprimido, mas nunca pensamos que isso iria acontecer. Ele chegou nervoso e tudo mais”, afirmou Herrera. Após o assassinato, Cruz fugiu do ministério e se refugiou na paróquia de Jesus Cristo Supremo e Eterno Sacerdote, localizada no setor Renacimiento, a cerca de 2,4 quilômetros do local do assassinato. A diretora-geral de Perseguição do Ministério Público, procuradora-adjunta Yeni Berenice Reynoso, compareceu ao local liderando uma equipe de procuradores e ali entrou em contato com Cruz por telefone, que lhe disse que se entregaria se o Ministério Público garantisse sua vida, segundo informou a procuradoria em comunicado. Horas depois, deixou a igreja algemado, escoltado por policiais, em meio a um grande aparato de segurança instalado ao redor do templo, enquanto várias pessoas gritavam “Assassino!”

*Com informações da EFE

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