Nancy Pelosi diz iniciará processo de impeachment de Trump se ele não renunciar

Democrata citou ‘atos perigosos e insurgentes’ do presidente; Trump deve sair do cargo no dia 20 de janeiro e afirmou que não vai à cerimônia de posse de Joe Biden

  • Por Jovem Pan
  • 08/01/2021 18h32
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Wikimedia Commons Gage Skidmore A quinta morte causada pela invasão ao Capitólio dos Estados Unidos na última quarta-feira foi confirmada nesta sexta

A democrata Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, afirmou nesta sexta-feira, 8, que dará início ao processo de impeachment contra Donald Trump se ele não renunciar “imediatamente”. Em carta enviada a todos os membros do Capitólio, Pelosi pediu aos representantes do Partido Republicano, o mesmo de Trump, que apoiem a iniciativa por causa do que chamou de “atos perigosos e insurgentes” do presidente. “Hoje, na esteira dos atos perigosos e insurgentes do presidente, os republicanos no Congresso precisam seguir esse exemplo e pedir que Trump deixe o cargo imediatamente. Se o presidente não deixar o cargo imediatamente e voluntariamente, o Congresso prosseguirá com nossa ação”, afirmou Pelosi.

A pressão para o Congresso iniciar o segundo processo de impeachment contra Trump poucos dias antes de ele deixar a Casa Branca se intensificou nas últimas horas enquanto Pelosi aguarda a resposta do vice-presidente Mike Pence sobre se ele vai invocar a 25ª emenda à Constituição dos EUA para destituir o presidente do cargo.
Essa emenda permite a remoção do presidente se o vice e uma maioria do gabinete governamental votarem a favor da medida com base em sua incapacidade de “exercer os poderes e deveres do cargo”.]

Pelosi também disse hoje aos membros do Partido Democrata na Câmara que, embora prefira que Trump renuncie ou seja destituído sob a 25ª emenda, um novo processo de impeachment terá mais apoio partidário do que o primeiro processo, conduzido no início de 2020. Na época, os democratas processaram Trump pela pressão que ele exerceu sobre o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, para investigar Joe Biden, a fim de prejudicar suas aspirações presidenciais. O impeachment de Trump acabou não sendo aprovado no Senado, onde os republicanos tinham maioria até a última quarta-feira, quando candidatos democratas ganharam as duas vagas em disputa em um segundo turno eleitoral no estado da Geórgia.

A quinta morte causada pela invasão ao Capitólio dos Estados Unidos na última quarta-feira foi confirmada nesta sexta. A vítima era um policial. Até o momento, mais de 60 pessoas foram presas e a polícia de Washington D.C. busca uma série de suspeitos com base em fotos tiradas no local. Nessa quinta, a prefeita da capital dos EUA, Muriel Browser, pediu que Donald Trump fosse responsabilizado pela invasão. Poucas horas depois, o presidente publicou novo vídeo nas redes sociais tentando desvincular sua imagem do ocorrido. Nesta sexta, Trump afirmou que não vai participar da cerimônia de posse de Joe Biden, marcada para 20 de dezembro. A vitória do democrata foi oficializada após a invasão, ainda na quarta.

* Com EFE

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