Navio afunda com toneladas de produtos químicos e causa desastre ambiental no Sri Lanka

Um incêndio a bordo do cargueiro MV X-Press Pearl causou a poluição das águas circundantes e de um longo trecho de praia; 5.600 barcos pesqueiros estão impedidos de trabalhar

  • Por Jovem Pan
  • 02/06/2021 10h55 - Atualizado em 02/06/2021 17h42
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Reprodução Twitter Airforcelk Navio afunda no Sri Lanka com toneladas de produtos químicos O navio de bandeira de Singapura estava transportando produtos químicos da Índia quando começou a pegar fogo

O navio de carga MV X-Press Pearl estava ancorado na costa oeste do Sri Lanka, esperando para entrar no porto, quando um incêndio eclodiu no último dia 20. Desde então, as autoridades têm lutado contra o fogo que se alastrou pelos 1.486 contêineres repletos de produtos químicos e cosméticos. Nesta quarta-feira, 2, os bombeiros finalmente conseguiram extinguir as chamas, mas na sequência a embarcação com bandeira de Singapura começou a afundar, causando um dos piores desastres marítimos e ambientais de todos os tempos. O porta-voz da marinha do Sri Lanka, o capitão Indika de Silva, disse à agência de notícias Al Jazeera que não há maneira de tirar o navio do mar.

“Agora, nossa preocupação é com qualquer derramamento de óleo. Estamos monitorando isso de perto e até o momento não detectamos nenhum derramamento. Será devastador se isso acontecer, mas estamos tomando todas as precauções”, afirmou. A causa do incêndio ainda está sendo investigada pela polícia, mas tudo aponta para uma relação com os produtos químicos altamente reativos que estavam sendo transportados da Índia. Quando o fogo causou uma explosão, todos os 25 membros da tripulação composta por filipinos, chineses, indianos e russos foram evacuados. O capitão, o engenheiro e o engenheiro-assistente, especificamente, estão proibidos de deixar o Sri Lanka enquanto a investigação continua. Além de ter destruído a maior parte da carga do navio, o incidente poluiu as águas circundantes e um longo trecho das praias do país. O governo foi obrigado a proibir a pesca na região, o que deve afetar 5.600 barcos pesqueiros, segundo a Al Jazeera.

 

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