Negociações de trégua em Gaza são reiniciadas em meio a tomada de Rafah por Israel

Hamas se reuniu nesta terça-feira (7) com Catar, Estados Unidos e Egito, países mediadores 

  • Por Jovem Pan
  • 07/05/2024 17h37 - Atualizado em 07/05/2024 18h05
EFE/ Haitham Imad gaza Tensão se eleva após um ataque aéreo israelense, em Rafah, na Faixa de Gaza, este março

Foi retomado nesta terça-feira (7) as negociações entre Hamas e os países mediadores, Catar, Estados Unidos e Egito, para tentar chegar a uma trégua na guerra em Gaza que completou sete meses hoje. “As delegações do Catar e dos Estados Unidos seguem seus diálogos com a delegação egípcia e a do Hamas”, noticiou a Al Qahera News, citando um “alto funcionário”. O veículo não fez alusão a contatos com a delegação israelense. Na segunda-feira (6), o grupo islâmico havia aceitado a proposta apresentada pelos mediadores. Contudo, o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, assinalou que a proposta fica “muito longe das exigências” de seu país, mas mandará uma delegação “para esgotar as possibilidades de alcançar um acordo” e garantiu que Israel seguiria bombardeando o enclave palestino mesmo em meio as negociações. Nesta terça, eles cumpriram com o que vinham alertando há tempos: tomar o controle de Rafah.

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Tanques israelenses bloquearam a passagem entre Gaza e o Egito e isolaram completamente o território palestino, antes da retomada das negociações indiretas no Cairo, que são, segundo o Hamas, a “última oportunidade” para a libertação dos reféns em seu poder há sete meses.  Fontes presenciais e de segurança palestinas evocaram intensos ataques israelenses que, segundo o hospital kuwaitiano da cidade, deixaram “cinco mártires e vários feridos”. A força explicou que se tratava de uma operação com “alcance muito limitado contra alvos muito específicos”, enquanto a comunidade internacional insta Israel a desistir de seu plano de invadir Rafah, onde estão amontoadas 1,4 milhão de pessoas, a maioria deslocada pela guerra.

Rafah é também a principal porta de entrada de ajuda humanitária nesse território à beira da fome. As Nações Unidas denunciaram que Israel bloqueou tanto a passagem de Rafah quanto a de Kerem Shalom, mais a leste, e pediram que fossem “imediatamente reabertos”. Os Estados Unidos classificaram o fechamento dessas passagens como “inaceitável”. E o secretário-geral da ONU, António Guterres, instou Israel “a deter qualquer escalada e a se comprometer de maneira construtiva nas negociações diplomáticas”

*Com informações da AFP 

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