OEA pede que Nicarágua solte candidatos à presidência presos pelo governo de Ortega
Resolução foi aprovada por 26 votos favoráveis e sete abstenções em reunião de Conselho que não contou com presença do país latino
A Organização dos Estados Americanos (OEA) pediu nesta quarta-feira, 20, que a Nicarágua soltasse de forma “imediata” os candidatos à presidência e outros presos políticos do país, que sediará eleições no mês de novembro. A estimativa internacional é de que sete presidenciáveis que fazem oposição a Daniel Ortega estejam detidos no país. A resolução, apresentada por oito países, entre eles Estados Unidos, Chile e Canadá, foi aprovada com 26 votos a favor, sete abstenções e nenhum voto contrário. A entidade chamou atenção em documento para o que considerou uma “grande preocupação” e disse que a situação dos direitos humanos do país latino tem se deteriorado diante dos esforços de Ortega para se reeleger, minando, assim, o processo eleitoral e criando um “alerta” na comunidade internacional.
A OEA, que deve fazer auditorias no processo eleitoral do país, pediu que o governo de Ortega seguisse os padrões internacionais de direitos humanos e não descartou que outras ações fossem tomadas em relação ao país. Estas, porém, não foram detalhadas até o momento. A Nicarágua, que não participou do Conselho desta quarta-feira, divulgou comunicado por meio de representante afirmando que “não aceitará atos que degradam sua liberdade”. A estimativa da Comissão Interamericana de Direitos Humanos é de que mais de 300 mortes já tenham sido causadas pela crise política do país, que tem Ortega como presidente desde o ano de 2007. Mais de 100 mil pessoas já se exilaram desde 2018, quando o governo passou a ser alvo de protestos contra o presidente.
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