OMS declara alto risco de epidemia de ebola na África

A entidade enviou especialistas para ajudarem na vacinação contra a doença em Guiné e na República Democrática do Congo, que estão enfrentando surtos locais do vírus

  • Por Jovem Pan
  • 18/02/2021 15h11
EFE/EPA/AHMED JALLANZO Assim como acontece com o coronavírus, é possível diminuir a propagação do ebola lavando as mãos e evitando o contato com pessoas infectadas

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que existe alto risco de que uma epidemia de ebola se desenvolva em alguns países da África Ocidental, em especial na Guiné, em Serra Leoa e na Libéria. Para justificar essa conclusão, a entidade internacional mencionou nesta quinta-feira, 18, que não se sabe o tamanho, a duração e as origens do surto que já está acontecendo na região no momento e que, além disso, esses países possuem uma capacidade limitada de conter a disseminação do vírus mortal. A OMS destacou, ainda, que apesar de algumas fronteiras estarem restritas devido à pandemia do novo coronavírus, ainda existem muitas movimentações permitidas entre os países que representam um risco para a propagação do ebola. Por esse motivo, a orientação é que os países vizinhos à Guiné estejam preparados para possíveis casos da doença, que provoca hemorragia intensa e falência de órgãos, em seus territórios.

Neste domingo, 14, o Ministério da Saúde de Guiné informou à OMS que um grupo de pessoas havia sido infectado pelo ebola após se reunirem para o funeral de uma enfermeira na cidade de Nzérékoré. Até agora, sete casos com relação a esse evento foram confirmados, sendo que cinco resultaram na morte do infectado e dois estão sendo tratados isoladamente. O agravante é que outras 192 pessoas provavelmente tiveram contato com os doentes – e todos eles moram perto das fronteiras com a Libéria e a Costa do Marfim.

A Guiné receberá mais de 11 mil vacinas contra o ebola que começarão a ser aplicadas na população na próxima segunda-feira, 22. “Esperamos que a experiência da epidemia anterior seja de grande utilidade para nós agora. Desta vez, podemos dizer que estamos preparados”, disse o assessor do Ministério da Saúde da Guiné, Mohammed Lamine Yansane. A OMS enviou pelo menos 30 especialistas de vacinação para o país e outros 20 para a República Democrática do Congo, onde a campanha de vacinação foi oficialmente lançada em 15 de fevereiro, na sequência da declaração de outro surto de ebola no nordeste, em 7 de fevereiro.

*Com informações da EFE

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