OMS entrega primeira ajuda internacional ao Afeganistão após vitória do Talibã

Suplementos médicos devem ajudar 200 mil pessoas e chegaram ao país em um avião que saiu do Paquistão, criando um novo corredor humanitário

  • Por Jovem Pan
  • 30/08/2021 13h21 - Atualizado em 30/08/2021 16h13
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EFE/EPA/AKHTER GULFAM Grupo de afegãos tenta chegar até soldados norte-americanos para deixar o país Medicamentos enviados ao Afeganistão devem ajudar 200 mil pessoas

O Afeganistão recebeu nesta segunda-feira, 30, o primeiro carregamento de ajuda médica internacional do país após o Talibã assumir o controle do poder na região. A doação, vinda da Organização Mundial da Saúde, marca a inauguração de um corredor humanitário criado no Paquistão. O diretor regional da OMS para o Mediterrâneo Oriental, Ahmed Al-Mandhari, afirmou em comunicado que graças a esses suprimentos, os serviços médicos de sua organização podem continuar funcionando. Os suplementos vieram em um avião que pousou na cidade de Mazar-i-Sharif, no norte do país, em um voo da companhia Pakistan International Airlines (PIA). Ao todo, foram entregues 12,5 toneladas de suprimentos médicos que devem atender 200 mil pessoas, fazendo parte de 3,5 mil cirurgias e tratando 6,5 mil pacientes com traumas em 29 das 34 províncias afegãs.

Segundo a OMS, este é o primeiro de três voos programados para os próximos dias com a PIA. “O mundo não pode agora desviar sua atenção do povo afegão neste momento crítico”, diz trecho do pronunciamento. Nas redes sociais, o embaixador do Paquistão em Cabul, Mansoor Ahmad Khan, confirmou a chegada dos suplementos e comemorou a criação da ponte aérea humanitária. O país tem sido considerado pela comunidade internacional como uma “porta estratégica” para entrada de suprimentos no Afeganistão, afundado em uma crise humanitária agravada pela saída das tropas norte-americanas do país. Com a retomada de poder por parte do Talibã, estima-se que mais de 500 mil cidadãos tenham deixado o país como refugiados e dezenas de milhares de estrangeiros que forneciam trabalho humanitário na região tenham retornado aos seus países de origem. Um alerta feito pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostrou que 10 milhões de crianças podem passar fome no país nos próximos meses.

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