ONU pede que Exército de Myanmar respeite a vontade do povo e pare com a violência
A fala do secretário-geral António Guterres abriu o 46º Conselho de Direitos Humanos; fim de semana de protestos foi marcado por repressão policial violenta que causou duas mortes
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, fez um apelo relacionado ao golpe militar em Myanmar nesta segunda-feira, 22, durante a abertura do 46º Conselho de Direitos Humanos da entidade internacional. Ele defendeu que “os golpes não têm lugar no mundo moderno” e que as autoridades que estão no comando do país “devem acabar com a violência, respeitar os direitos humanos e respeitar a vontade que o povo expressou nas últimas eleições”. “Quero expressar meu total apoio ao povo de Myanmar em seu desejo pela democracia, paz, direitos humanos e Estado de direito”, concluiu o secretário-geral.
Anteriormente, o Conselho dos Direitos Humanos da ONU já havia pedido que o país do Sudeste Asiático libertasse a sua conselheira de Estado, Aung San Suu Kyi, que está em prisão domiciliar desde o dia do golpe militar. Já os ministros das Relações Exteriores dos Estados Unidos, do Canadá e do Reino Unido adotaram sanções contra o Myanmar como forma de pressionar a retomada da democracia, ação que a União Europeia também estuda adotar. Nesta segunda-feira, 22, centenas de milhares de pessoas foram às ruas juntando-se a uma greve geral em protesto contra a junta militar. A nova manifestação foi uma reação ao final de semana trágico em que pelo menos dois civis faleceram devido à violência policial.
*Com informações da EFE
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