Opositora de Maduro denuncia ‘repressão brutal’ na Venezuela após detenção de membros de sua equipe
Integrantes foram acusados de envolvimento em planos violentos relacionados às eleições presidenciais de 28 de julho
A opositora venezuelana María Corina Machado denunciou, nesta quarta-feira, 20, a “repressão brutal” das autoridades, após a detenção de dois colaboradores próximos por supostas “ações desestabilizadoras” com vistas às eleições presidenciais de julho, às quais também a vincularam. “O regime de [Nicolás] Maduro desata [uma] repressão brutal contra minhas equipes de campanha […] Estas ações covardes pretendem fechar o caminho da Venezuela para a mudança e a liberdade em paz e democracia”, escreveu Machado na plataforma X. María Corina é favorita nas pesquisas para enfrentar o presidente socialista, mas está inabilitada por 15 anos para ocupar cargos públicos.
Nesta quarta foi anunciado a prisão de Henry Alviárez, coordenador nacional do Vente Venezuela, por suposto envolvimento em planos violentos relacionados às eleições presidenciais de 28 de julho. Além dele, a ex-deputada Dignora Hernández, outra integrante do VV, também foi detida pela polícia por planejar “ações violentas” para “forçar” o registro da candidatura de Machado, eleita nas primárias como representante da principal coalizão de oposição, mas é inelegível devido a uma sanção da Controladoria.
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, não informou as acusações contra as duas pessoas, só disse que ambas foram capturadas “por causa do confessou Emil Brandt”, um chefe regional do comando da campanha de Machado, que foi preso no início de março por ter sido “incriminado” em planos “violentos” e “terroristas” contra o governo. Nos últimos dois meses, sete líderes do VV foram presos, outras sete foram detidas nesta quarta, incluindo sua chefe de comunicação, Claudia Macero, o ex-congressista Omar González Moreno e Magaly Meda, Gerente da campanha antichavista. Apesar da inelegibilidade, Machado insistiu que tentará registar a sua candidatura, apoiada pela maioria da oposição, entre 21 e 25 de março, prazo estabelecido pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para essa tarefa.
*Com informações da AFP e EFE
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