Pandemia impactou negativamente a saúde mental de 51% das pessoas
Pesquisa realizada pela Cruz Vermelha em sete países indica que a pandemia do novo coronavírus agravou ou gerou doenças mentais em pouco mais da metade dos entrevistados
Nesta quinta-feira (8), o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) divulgou os resultados de uma pesquisa realizada em sete países sobre os impactos da pandemia do novo coronavírus na saúde mental das pessoas. Em comunicado, a organização afirmou que o surto da Covid-19 “agravou doenças mentais existentes, gerou novas doenças e limitou ainda mais o acesso aos serviços de saúde mental”. De fato, 51% dos entrevistados disseram que a pandemia afetou negativamente sua saúde mental.
Além disso, três em cada quatro consideraram necessário dar apoio especial à saúde mental dos trabalhadores na linha de frente da pandemia, como os profissionais de saúde. Sobre eles, o CICV disse: “estão frequentemente expostos diretamente ao vírus, trabalham longas horas e inevitavelmente testemunham eventos traumáticos”. O secretário-geral da instituição, Jagan Chapagain, frisou: “Hoje, mais do que nunca, devemos investir na saúde mental e no apoio psicossocial, tanto às comunidades quanto aos responsáveis por seus cuidados, para ajudá-los a enfrentar sua situação, reconstruir suas vidas e superar esta crise”.
O estudo foi realizado com pessoas da Colômbia, do Líbano, das Filipinas, da África do Sul, da Suíça, da Ucrânia e do Reino Unido. Os resultados saíram a tempo do Dia Mundial da Saúde Mental, celebrado no no próximo sábado (10). Ainda em comunicado, a Cruz Vermelha disse que, em resposta a essa situação, “é necessário um financiamento urgente e maior para a saúde mental e o apoio psicossocial nas respostas humanitárias”.
*Com informações da agência EFE
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