Papa Francisco corta salário de clérigos para evitar demissões no Vaticano

A pandemia do novo coronavírus está afetando o orçamento da sede da Igreja Católica, cuja tradicional fonte de renda é o turismo; estima-se que os altos funcionários recebam até 5 mil euros mensais

  • Por Jovem Pan
  • 24/03/2021 16h07
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EFE/EPA/VATICAN MEDIA HANDOUT O papa Francisco decidiu reduzir altos salários de clérigos para evitar demissões entre demais funcionários do Vaticano Os salários de cardeais e outros clérigos do Vaticano sofrerão uma redução de até 10% a partir de abril

O papa Francisco ordenou nesta quarta-feira, 24, que o salário dos cardeais e outros clérigos sofram uma redução de até 10% a partir de abril. De acordo com a emissora de televisão britânica BBC, a estimativa é que esses membros da Igreja Católica geralmente recebam até cinco mil euros por mês, além de terem os seus custos de moradia pagos. Porém, esse ano o Vaticano deve ter um déficit orçamentário de 50 milhões de euros devido à pandemia do novo coronavírus, que obrigou o fechamento dos museus e outros espaços que geralmente ficam abertos para visitação. Espera-se que a Santa Sé tenha que usar 40 milhões de euros em reservas para conseguir se manter este ano.

Anteriormente, o papa Francisco já havia dito que não gostaria de ter que demitir funcionários em meio à crise econômica. Agora, a sede da Igreja Católica confirmou em carta que os cortes estão sendo feitos com o objetivo de “salvaguardar os empregos atuais” e justificou que “um futuro economicamente sustentável requer requer, entre outras decisões, a adoção de medidas relativas à remuneração dos funcionários”. Além de cardeais, padres e freiras, o Vaticano também empresa funcionários da área da segurança e da limpeza que, por receberem salários menores e morarem às próprias custas em Roma, estão mais vulneráveis à crise econômica.

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