Para ampliar campanha, Índia aceita vacinas contra a Covid-19 que ainda não foram testadas no país
O único pré-requisito é que os imunizantes já sejam “bem estabelecidos” no exterior, o que deve abrir as portas para doses da Pfizer-BioNTech, Johnson & Johnson e Moderna
A Índia anunciou nesta quinta-feira, 27, que deixará de exigir que vacinas contra Covid-19 sejam testadas localmente antes de integrarem a campanha de imunização nacional. O único pré-requisito é que elas já sejam “bem estabelecidas” no exterior, como é o caso da Pfizer–BioNTech, Johnson & Johnson e Moderna. Essa flexibilização tem como objetivo aumentar a quantidade de doses disponíveis e, consequentemente, acelerar o ritmo das inoculações. Atualmente, a Índia vive o pior surto do novo coronavírus no mundo, mas só vacinou completamente 3% dos seus 1,3 bilhão de habitantes — a taxa mais baixa entre os dez países com mais casos da doença no mundo. Por enquanto, o país tem utilizado apenas os imunizantes da AstraZeneca–Universidade de Oxford, produzida pelo Instituto Serum, e da Covaxin, fabricada pela Bharat Biotech. Porém, a produção está muito abaixo da demanda da Índia, que já começou a aplicar algumas doses da russa Sputnik V. Nesta quinta-feira, 27, foram registradas 211.298 novas infecções pelo coronavírus, mas especialistas acreditam que há uma enorme subnotificação à medida que a pandemia se espalha pelas zonas rurais do país, onde o sistema de saúde é mais precário.
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