Paraguai registra recorde de mortes diárias e de internações por Covid-19

Em 24 horas, o país contabilizou 49 óbitos e 2.023 contaminações; ao todo 3.818 paraguaios já morreram com a doença e outros 198.879 foram infectados

  • Por Jovem Pan
  • 23/03/2021 22h23 - Atualizado em 23/03/2021 22h25
EFE/ Nathalia Aguilar manifestante em protestos no paraguai Apenas profissionais da saúde foram vacinados até o momento

O Paraguai registrou nesta terça-feira, 23, um novo recorde nacional diário de mortes por Covid-19 com a marca de 49, o que elevou o total desde o começo da pandemia para 3.818, e o país tem mais internados devido à doença do que nunca, tanto em leitos normais quanto de terapia intensiva. O número de hospitalizados relatado pelo Ministério da Saúde é de 1.932, dos quais 424 estão em UTIs. Isso se deve em parte ao número de contágios reportados nas últimas 24 horas, de 2.023, todos de transmissão comunitária, totalizando 198.879. Dessas, 162.879 pessoas já se recuperaram. O Paraguai está passando por uma segunda onda de infecções, que tem seu epicentro em Assunção e no departamento Central, as áreas mais povoadas do país.

Dado o aumento da quantidade de hospitalizados, o governo iniciou os preparativos para instalar camas e quartos em quartéis e centros militares para receber os pacientes. Diante da situação epidemiológica, o Ministro da Saúde, Julio Borba, declarou hoje que serão anunciadas nesta quarta-feira, 24, novas restrições que serão aplicadas a partir do fim de semana e no período que antecede a Páscoa. Pela manhã, funcionários do Ministério disseram que as opções variam entre uma quarentena total ou endurecer as restrições já existentes, com limitações de deslocamento a partir das 20h. Eles também destacaram que as medidas a serem decididas entrarão em vigor de acordo com o mapa epidemiológico já traçado, no qual 24 cidades estão listadas como zonas vermelhas, com Assunção, a capital, entre elas.

Vacinação só iniciou em profissionais da saúde

Quanto às vacinas, as mesmas fontes afirmaram que a imunização da população alvo está sendo finalizada para começar com aqueles com mais de 80 anos de idade. Os únicos imunizantes que chegaram até agora foram destinados aos profissionais da área da saúde da linha de frente: 36 mil do mecanismo Covax; 20 mil doadas pelo Chile; 3 mil dos Emirados Árabes, também de doações; e 4 mil compradas da Rússia. O país está esperando para receber uma remessa de 64 mil doses do mecanismo Covax, dentro de um acordo de 4,3 milhões. E na última segunda-feira o Ministério das Relações Exteriores anunciou a doação de 100 mil vacinas da Índia que chegariam no próximo final da semana.

*Com informações da EFE

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