Parler, rede social usada por apoiadores de Trump, é desativada da internet
Google, Amazon e Apple retiram suporte à rede social; site tem se posicionado como uma alternativa a plataformas maiores
A rede social Parler, usada por apoiadores do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi desativada da internet nesta segunda-feira, 11. Na última quinta-feira, 7, o presidente dos EUA foi banido do Facebook e do Instagram por tempo indeterminado após a invasão ao Capitólio. Na sexta-feira, 8, o Twitter também baniu Trump permanentemente da sua plataforma. Com o bloqueio do republicano nas redes sociais, os apoiadores de Trump buscaram o Parler como uma alternativa. Suas regras não proíbem discursos de ódio e informações falsas — mas banem spams, ameaças de violência e outras atividades ilegais. O Google suspendeu o Parler de sua própria loja de aplicativos, citando violações aos requerimentos de moderação de conteúdo aos apps que distribui. Em seguida, a Amazon informou que não forneceria mais serviços de computação em nuvem para o Parler. Já a Apple suspendeu o aplicativo da empresa de sua App Store.
Após a suspensão do Google, da Amazon e da Apple, não é mais possível acessar o aplicativo. A pesquisa pelo endereço do Parler resulta na mensagem “verifique se há um erro de digitação em parler.com“. De acordo com o Down for Everyone or Just Me, que rastreia o status de sites, a rede social está fora do ar para todos os usuários da internet. O presidente Jair Bolsonaro convidou seus seguidores do Instagram a se cadastrarem no Parler. Bolsonaro também inseriu o seu usuário no aplicativo Parler em sua biografia do Twitter. Tanto a Apple quanto a Amazon afirmaram que o Parler não demonstrou, em conversas recentes, que pode endereçar adequadamente a ameaças de violência feitas através da plataforma. “Sempre demos suporte aos diferentes pontos de vista representados na App Store, mas não há lugar em nossa plataforma para ameaças de violência e atividade ilegal”, afirmou a Apple. “O Parler não tomou as medidas adequadas para endereçar a proliferação dessas ameaças à segurança das pessoas”.
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