Partido da direita conservadora lidera eleições parlamentares na Áustria

Formação de uma coalizão sob sua liderança não é garantida, uma vez que outros partidos já descartaram essa possibilidade

  • Por Jovem Pan
  • 29/09/2024 19h44 - Atualizado em 29/09/2024 20h16
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FILIP SINGE/EFE/EPA/ O presidente e principal candidato do Partido da Liberdade da Áustria (FPOe), Herbert Kickl (centro), comemora durante o evento eleitoral do FPO O presidente e principal candidato do Partido da Liberdade da Áustria, Herbert Kickl (centro), comemora durante o evento eleitoral do FPO

O Partido da Liberdade (FPÖ), conhecido por sua postura anti-imigração, está prestes a conquistar a eleição parlamentar na Áustria, o que representaria a primeira vitória significativa da extrema-direita no país desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Com mais de 97% dos votos contabilizados, o FPÖ lidera com 28,8% dos votos, enquanto o Partido do Povo (ÖVP) segue em segundo lugar com 26,3%. O atual chanceler, Karl Nehammer, já reconheceu a derrota. Os social-democratas (SPÖ) ocupam a terceira posição com 21,1%.

Herbert Kickl, que comanda o FPÖ, destacou a necessidade de a Áustria se reconectar com as demandas da população e expressou abertura para dialogar com outras legendas. Contudo, a formação de uma coalizão sob sua liderança não é garantida, uma vez que outros partidos já descartaram essa possibilidade. Nehammer, por sua vez, afirmou que é “impossível formar um governo” com alguém que “se apega a teorias da conspiração”.

A campanha do FPÖ foi marcada pelo lema “Fortaleza Áustria, Fortaleza da Liberdade”, e o partido terá que buscar alianças para governar. Sua plataforma inclui propostas polêmicas, como a deportação em massa de migrantes e a oposição a um aumento da ajuda à Ucrânia. A ascensão do FPÖ é um reflexo de uma tendência mais ampla na Europa, onde partidos de extrema-direita têm ganhado força em diversas eleições. Caso o FPÖ consiga estabelecer um governo, se juntará a outras formações de extrema-direita na União Europeia, como as que estão na Hungria e na Itália. Além disso, a situação econômica da Áustria, que enfrenta uma crise e uma dependência significativa do gás russo, também desempenhou um papel crucial nos resultados eleitorais.

 

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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