Passageiros do ‘submarino do Titanic’ sequer sentiram que estavam morrendo: ‘Foi indolor’, diz especialista

Ex-oficial da Marinha disse que o cérebro humano não é capaz de entender a situação tão rapidamente e que tudo acontece em uma fração de milissegundos

  • Por Jovem Pan
  • 23/06/2023 14h04 - Atualizado em 23/06/2023 16h54
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HANDOUT, JOËL SAGET / AFP / DIRTY DOZEN PRODUCTIONS / OCEANGATE EXPEDITIONS / DAWOOD HERCULES CORPORATION mortos no submersível Hamish Harding, empresário britânico, Stockton Rush, CEO da OceanGate, Paul-Henry Nargeolet, maior especialista em Titanic, Shahzada Dawood, empresário paquistanês, e seu filho, Sulaiman Dawood, são as vítimas fatais do submersível Titan

Os cinco ocupantes do “submarino do Titanic” nem sentiram que estavam morrendo, porque o cérebro humano não é capaz de entender a situação tão rapidamente. Foi o que explicou, em entrevista à emissora americana ‘CNN’, Aileen Maria Marty, ex-oficial da Marinha e professora de medicina de catástrofes da Universidade da Flórida. “A coisa toda teria colapsado antes que as pessoas lá dentro percebessem que havia um problema”, disse, acrescentando que a pressão no submersível era enorme em uma profundidade tão grande que provavelmente fez com que a implosão acontecesse em uma fração de milissegundos. Uma implosão é o oposto de uma explosão, ou seja, é um processo em que um objeto, estrutura ou edifício é colapsado em direção ao seu centro. Ainda não se sabe o motivo que levou à implosão e o momento em que tudo aconteceu. “Os ocupantes do Titan morreram sem saberem que iriam morrer. Em última análise, entre as muitas maneiras das quais podemos morrer, essa foi indolor”, disse Marty. Na quinta-feira, 22, após quatro dias de buscas, as autoridades encontraram os destroços do submersível Titan a cerca de 500 metros do Titanic. Todos que estavam a bordo morreram. As vítimas são: Shahzada Dawood, empresário paquistanês; Suleman Dawood, filho do empresário; Hamish Harding, bilionário britânico e empresário; Paul-Henry Nargeolet, tripulante, segundo a BBC; e Stockton Rush, diretor-executivo da OceanGate. Em um comunicado, a companhia afirmou que os membros do grupo eram “verdadeiros exploradores” que compartilhavam de um “distinto espírito de aventura e uma profunda paixão” pelos oceanos. “Nossos corações estão com essas cinco almas e todos os membros de suas famílias durante esse período trágico. Lamentamos a perda de vidas e a alegria que eles trouxeram para todos que conheciam”, diz trecho do posicionamento.

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