Pesquisas mostram candidato da esquerda em vantagem no segundo turno do Chile

Gabriel Boric, de 35 anos, que atua como deputado e foi revelado na política pelo movimento estudantil, é preferência entre eleitores mais jovens

  • Por Jovem Pan
  • 29/11/2021 10h55
REUTERS/Ivan Alvarado candidato gabriel boric conversando com criança Gabriel Boric lidera primeiras pesquisas de segundo turno no Chile

Poucas semanas antes das eleições de segundo turno para a presidência do Chile, pesquisas eleitorais mostram vantagem do candidato da esquerda Gabriel Boric diante do candidato da extrema-direita, José Antonio Kast. As primeiras parciais divulgadas no país neste domingo, 28, pelo Instituto de Pesquisa Activa, feita entre os dias 23 e 26 de novembro com 1,5 mil pessoas e apresentando margem de erro de 2,5%, mostra Boric com 53,9% das intenções de voto e Kast com 31,2%. A segunda, feita pelo Instituto Cadem e com margem de erro de 3,1%, mostra o candidato da esquerda com 39% das preferências de voto e o da direita com 33% das intenções. O número de indecisos de acordo com essa pesquisa, porém, pode mudar o futuro da eleição: 28% das pessoas não pretendem votar ou ainda não sabem quem escolherão.

Quando não considera os votos indecisos, a pesquisa Cadem coloca o Boric com 54% das intenções de voto diante de Kast, com 46%. A maioria dos candidatos que escolhe o jovem deputado vindo do movimento estudantil tem entre 18 e 34 anos, pertence à classe alta ou média e vivem na região de Santiago. A maior porcentagem daqueles que optaram pelo advogado da extrema-direita, por sua vez, tem 55 anos ou mais é do sexo masculino e de classe alta. As pessoas das classes socioeconômicas mais baixas são maioria entre os indecisos. Uma das grandes dúvidas nestas eleições é quem o candidato liberal Franco Parisi, que ficou em terceiro lugar nas urnas, vai apoiar e qual a porcentagem de eleitores que o seu aceno vai levar aos candidatos. O segundo turno do Chile ocorre no dia 19 de novembro e a última pesquisa eleitoral deve sair na próxima semana, já que o país latino tem severas restrições e proíbe a divulgação de qualquer levantamento de dados de intenção de votos até 15 dias antes da população ir às urnas.

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