Presidente da França volta a criticar desmatamento na Amazônia

Macron também indicou que parte da estratégia para diminuir as queimadas precisa ser a de agir de forma coletiva contra a criminalidade ambiental

  • Por Jovem Pan
  • 30/09/2020 13h35
EFE/EPA/FRANCOIS MORI Emmanuel Macron é o atual presidente da França

Emmanuel Macron, presidente da França, voltou a tecer críticas contra o desmatamento na Amazônia na manhã desta quarta-feira, 30. Em cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU), o mandatário insistiu que é por uma questão ambiental que não ratificará o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia. “O ano de 2020 deve ser o ano da conscientização diante da pandemia”, disse Macron. “Há muitos anos os especialistas nos alertam sobre o desmatamento e o risco de doenças”, complementou o líder francês, que tem relação conturbada com o governo brasileiro desde o ano passado por divergências na gestão da floresta. As informações foram veiculadas pelo portal UOL.

Macron também indicou que parte da estratégia para diminuir as queimadas na Amazônia precisa ser o de agir de forma coletiva contra a criminalidade ambiental. Ao mesmo tempo, ele defendeu que também haja uma mudança no padrão de comércio e de consumo. Para ele, o modelo vigente é destruidor e contra os seus princípios. “A UE não assinou o acordo comercial com o Mercosul por ele ameaçar aumentar o desmatamento”, disse. O presidente da França ainda atacou a produção agrícola, alegando que é a “soja transgênica que nutre o desmatamento na Amazônia”. Em sua declaração, Macron reiterou que sua postura não viola soberania e que conta com parceiros na região. Desta forma, o líder francês anunciou ainda uma nova cúpula de chefes-de-estado em janeiro de 2021 para lidar com a crise ambiental. Segundo ele, este será um “novo acordo mundial ambicioso”. Ele ainda pediu a formação de uma coalizão internacional para garantir a proteção de 30% do planeta.

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