Presidente de Belarus se encontrará com Putin na próxima segunda-feira
Alexander Lukashenko, que tem enfrentado protestos nas ruas do país desde o início de agosto, onde milhares de cidadãos exigem sua renúncia, busca o apoio do mandatário russo em um momento delicado para ele
O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, se reunirá na próxima segunda-feira, 14, em Sochi, com o mandatário russo, Vladimir Putin, em sua primeira visita ao exterior desde o início dos protestos antigovernamentais na ex-república soviética. “Sim, a visita de Lukashenko acontecerá em 14 de setembro. Será uma visita de trabalho e ele se encontrará com o presidente Putin”, disse nesta sexta-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. Nos últimos dias, Lukashenko anunciou que o objetivo é resolver os problemas econômicos bilaterais entre os dois países e que levou o presidente de Belarus a se recusar a assinar o tratado de União de Estado com a Rússia no final de 2019.
Recentemente, o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, viajou a Minsk para discutir posições sobre preços de hidrocarbonetos e as barreiras comerciais, os principais pontos de discórdia entre os dois países. No entanto, Lukashenko, em declarações à imprensa russa, negou mais uma vez esta semana uma possível “fusão” ou “absorção” pela Rússia, algo que a oposição de Belarus se opõe fortemente. Alexander Lukashenko, que tem enfrentado protestos nas ruas do país desde o início de agosto, onde milhares de cidadãos exigem sua renúncia, busca o apoio de Putin em um momento delicado para ele.
Putin, que foi o primeiro a parabenizar o presidente de Belarus pela reeleição – com 80,1% dos votos, segundo dados oficiais e considerados fraudulentos pela oposição – anunciou recentemente um acordo com Lukashenko para a criação de uma força policial conjunta, que seria implantada em caso de necessidade, planos de intervenção que são altamente criticados no Ocidente. Depois de criticar a Rússia por tentar desestabilizar Belarus durante a campanha eleitoral, Lukashenko acusou os Estados Unidos e outros países de patrocinar protestos pós-eleitorais.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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