Presidente do México propõe criação de ‘algo semelhante à União Europeia’ na América Latina

Durante a cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, López Obrador também solicitou a substituição da OEA e propôs um novo modelo de integração

  • Por Jovem Pan
  • 24/07/2021 17h16
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Presidência do México/EFE Andrés Manuel López Obrador é o atual presidente do México Andrés Manuel López Obrador é o atual presidente do México

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, propôs neste sábado, 24, a criação de “algo semelhante” à União Europeia (UE) na América Latina. Durante o início da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que reuniu representantes de 33 países, López Obrador sugeriu construir algo “de acordo com a nossa história, nossa realidade e nossas identidades”. A reunião visa buscar mecanismos para obter mais vacinas contra a Covid-19 e chegar a um acordo sobre uma posição comum latino-americana antes da próxima cúpula do G20. O presidente mexicano também solicitou a substituição da Organização dos Estados Americanos (OEA) e propôs um novo modelo de integração para a região. “Nesse espírito, não deve ser descartada a substituição da OEA por um órgão verdadeiramente autônomo, não lacaio de ninguém, mas mediador, a pedido e aceitação das partes em conflito”, afirmou.

Ele admitiu que “esta é uma questão complexa, que requer uma nova visão política e econômica”, mas disse que “é uma grande tarefa para bons diplomatas e políticos, como os que felizmente existem em todos os países do continente”. Em seu discurso, López Obrador também criticou os Estados Unidos e disse que Washington “nunca deixou de realizar operações abertas ou encobertas contra países independentes localizados ao sul do Rio Bravo” e que a influência da política externa do país é predominante na América. Apesar de suas críticas à política externa dos EUA, o presidente do México pediu aos países latino-americanos “que deixem de lado o dilema de ingressar com os Estados Unidos ou se opor a ele defensivamente”. “Vamos começar em nosso continente uma relação sob a premissa de George Washington, segundo a qual as nações não devem se aproveitar da desgraça de outros povos”, disse.

*Com informações da EFE

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