Presidente dos EUA diz que Putin ‘pagará o preço’ pela interferência nas eleições

Comentários de Joe Biden foram feitos após as agências de inteligência do país acusarem a Rússia e o Irã de tentarem interferir no pleito americano de 2020

  • Por Jovem Pan
  • 17/03/2021 15h36 - Atualizado em 17/03/2021 17h57
EFE/EPA/ERIN SCOTT/POOL Close no rosto do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden O presidente Joe Biden não deu detalhes sobre as "consequências" que irá impor a Vladmir Putin

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse, nesta quarta-feira, 17, que o mandatário russo, Vladimir Putin, “pagará um preço” por tentar interferir nas eleições presidenciais de novembro do ano passado, acusações negadas por Moscou. Durante entrevista à ABC News, Biden foi questionado sobre quais poderiam ser essas consequências, e limitou-se a dizer: “Você verá em breve”. Os comentários foram feitos após as agências de inteligência dos EUA acusarem, na terça-feira, 17, a Rússia e o Irã de tentarem interferir nas eleições presidenciais de 2020. Em um relatório de 15 páginas, todos os serviços de inteligência dos EUA, incluindo a CIA e a Agência de Segurança Nacional (NSA), concluíram que Putin interferiu a favor do agora ex-presidente Donald Trump, que perdeu para Biden nas urnas. Especificamente, as agências de inteligência afirmam que Putin “autorizou” uma “vasta gama” de operações para minar a confiança pública no processo eleitoral e exacerbar as divisões nos Estados Unidos, a fim de ajudar Trump e prejudicar Biden, bem como o Partido Democrata.

Em outro relatório semelhante publicado há quatro anos, agências de inteligência dos EUA alegaram que Putin influenciou as eleições de 2016, pois sentiu uma preferência “clara” por Trump, que foi eleito derrotando a democrata Hillary Clinton. Desta vez, porém, Putin não ordenou ataques cibernéticos e sua “principal ferramenta” foi o uso de grupos ligados à Rússia para criar uma série de narrativas, incluindo alegações falsas ou infundadas sobre Biden. Em resposta, o Kremlin declarou hoje que as acusações das agências de inteligência americanas eram infundadas e disse que estava pronto para proteger os interesses do país diante de uma possível nova rodada de sanções.

*Com informações da EFE

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