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Presidente interina da Bolívia reconhece vitória de aliado de Evo Morales na Bolívia 

Após renúncia de Evo Morales no último domingo (10), a senadora Jeanine Añez se declarou presidente interina do país

A presidente interina da Bolívia, Jeanine Añez reconheceu, na madrugada desta segunda-feira, 19, a vitória de Luis Arce, do Movimento ao Socialismo, partido do ex-presidente Evo Morales, no primeiro turno das eleições do país. Em seu perfil no Twitter, Añez afirmou que, apesar de não haver, ainda, resultado oficial, a chapa de Arce venceu o pleito. “Ainda não temos o resultado oficial, mas pelos dados que temos, o senhor Arce e o senhor [David] Choquehuanca [vice] ganharam a eleição. Parabenizo os ganhadores e peço a eles para governar pensando na Bolívia e na democracia”, disse Añez. Para vencer as eleições no primeiro turno, o candidato precisa de 40% dos votos e uma vantagem de dez pontos percentuais para o segundo colocado.

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Mesmo antes do resultado oficial, Arce também comemorou o resultado em suas redes sociais. “Muito agradecido pelo apoio e confiança do povo boliviano. Recuperaremos a democracia e retomaremos a estabilidade e a paz social. Unidos, com dignidade e soberania”, diz na publicação. Ex-presidente da Bolívia, Evo Morales escreveu que “a vontade do povo se impôs”. Forçado pelos militares, Morales renunciou três semanas após sua vitória nas eleições presidenciais do ano passado. À época, uma auditoria da Organização dos Estados Americanos (OEA) identificou irregularidades no processo eleitoral. Desde o início da apuração, o adversário de Evo, Carlos Mesa, afirmou que Morales não havia alcançado a diferença necessária para vencê-lo ainda no primeiro turno. Na noite da eleição, o Tribunal Superior Eleitoral boliviano suspendeu a contagem dos votos com pouco mais de 80% das urnas apuradas, com o resultado parcial indicando um segundo turno entre Morales e Mesa. No dia seguinte, a Transmissão de Resultados Eleitorais Preliminares (TREP) indicou, com 95% dos votos computados, uma vitória apertada do ex-presidente. Com a escalada da crise, o general Williams Kaliman pediu, em um pronunciamento, que Evo renunciasse para permitir “a pacificação e manutenção da estabilidade para o bem da nossa Bolívia”.

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