Primeiro-ministro de Israel diz que ‘guerra vai mudar o Oriente Médio’ e prevê ‘futuro duro e terrível’ para o Hamas

Benjamin Netanyahu disse que bombardeios na Faixa de Gaza são apenas o começo; chefe de Exército israelense, general Herzi Halevi, garante que as tropas estão preparadas para uma ‘longa batalha’

  • Por Jovem Pan
  • 09/10/2023 15h15 - Atualizado em 09/10/2023 15h16
EFE/EPA/AMOS BEN-GERSHOM/GPO benjamin netanyahu Primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu durante uma reunião de avaliação da situação em Tel Aviv, Israel,

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta segunda-feira, 9, que a guerra contra seu país, iniciada pelo grupo Hamas no sábado, 7, vai “mudar o Oriente Médio“. “Sei que passaram por momentos terríveis. O que o Hamas viverá será duro e terrível. Já estamos no meio da batalha e só acabamos de começar”, disse Netanyahu em reunião com políticos israelenses das regiões do sul, as mais atingidas pelo ataque lançado de Gaza no sábado passado. Segundo o premiê, os bombardeios contra a Faixa de Gaza que foram realizados nestes dias, e intensificado na noite desa segunda (tarde no Brasil), é apena o início de um processo muito mais longo. “A nação fará tudo o que estiver ao seu alcance para ajudá-los. Peço que sejam fortes porque vamos mudar o Oriente Médio”, declarou o primeiro-ministro, segundo um comunicado do seu gabinete. A guerra entre israelenses e o grupo Hamas já deixaram ao menos 1.476 mortos e uma onda de destruição. De acordo com o último balanço das autoridades, foram 900 mortes em Israel, 560 na Faixa de Gaza e 16 na Cisjordânia. Os dados também mostra que o número de ferido chegam a 5.400, sendo 2.500 em Israel e 2.900 na Faixa de Gaza.

Neta segunda, o Exército israelense confirmou ter recuperado recentemente o controle de todas as zonas tomadas há dois dias pelas milícias, mas advertiu que ainda podem existir “terroristas” escondidos nessas áreas, com os quais houve “fortes trocas de tiros”. Além disso, o governo israelense ordenou o corte total do fornecimento de eletricidade, alimentos e combustível à Faixa de Gaza, habitada por cerca de 2,3 milhões de pessoas e fortemente dependente de Israel. O governo também convocou 300 mil reservistas nas últimas 48 horas para atuar no conflito, informou, Daniel Hagari, representante da IDF (sigla em inglês para Forças de Defesa de Israel). Segundo o chefe de Exército israelense, general Herzi Halevi, as tropas estão preparadas para uma “longa batalha”. “Estamos atacando, perseguindo e prejudicando qualquer pessoa que participou do ataque. E é assim que continuaremos”, afirmou. Essas ações são uma resposta israelense ao ataque que sofreram no sábado, quando o Hamas ter lançado um ataque múltiplo por terra, mar e ar que pegou o país de surpresa, em uma escala sem precedentes, com disparos de mísseis e incursões terrestres em solo israelenses, onde centenas de cidadãos foram mortos ou sequestrados.

faixa de gaza

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