Principal suspeito pela venda de cocaína adulterada na Argentina é preso; veja o que sabe sobre o caso
Pelo menos 20 pessoas morreram e mais de 70 foram hospitalizadas após o consumo da substância; narcotraficante ‘El Paisa’ é apontado como possível dono do lote adulterado
Pelo menos 20 pessoas morreram e mais de 70 foram hospitalizadas em Buenos Aires, na Argentina, na quarta-feira, 2, pelo consumo de cocaína adulterada, provavelmente com opiáceos. As vítimas, a maioria homens na faixa de 30 a 40 anos, teriam sofrido convulsões violentas e paradas cardíacas. Segundo informações da mídia local, 49 pessoas ainda estão internadas. Dessas, 21 estão em ventilação mecânica. A maioria dos casos foi leve, com pacientes relatando alteração do estado de consciência, vômitos, tontura e dor de cabeça. “Eu o encontrei caído no chão. Mal, muito mal, quase não respirava, com os olhos virados para trás”, relatou Beatriz Mercado, que encontrou seu filho de 31 anos no chão da cozinha, à AFP. Exames toxicológicos estão sendo realizados para determinar com qual outra substância a droga foi modificada. O ministro da Segurança da província de Buenos Aires, Sergio Berni, pediu aos consumidores que compraram cocaína na região metropolitana da capital recentemente que descartem a droga.
A partir do depoimento dos consumidores, a polícia identificou o local de venda da substância: em um bunker no assentamento Puerta 8, na cidade de Tres de Febrero, região metropolitana de Buenos Aires. Pelo menos oito pessoas foram presas nesta quarta-feira, 3, incluindo um narcotraficante conhecido como “El Paisa” – Joaquín Aquino, de 33 anos, é o suspeito principal de ser o dono do lote de drogas alteradas. Ele estava sendo procurado pela polícia desde 3 de junho de 2020, quando sua liberdade condicional foi revogada. Durante as batidas realizadas, os agentes apreenderam cerca de 15 mil doses de cocaína envenenada. A droga foi identificada pela embalagem rosa dos produtos. A polícia trabalha com duas linhas de investigação, de acordo com o La Nacíon. Uma delas considera que o envenenamento faz parte de um acerto de contas entre quadrilhas da região. A outra possibilidade é que os consumidores tenham comprado uma sustância diferente, embora parecida com a cocaína: o fentanil.
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