Principal suspeito pela venda de cocaína adulterada na Argentina é preso; veja o que sabe sobre o caso

Pelo menos 20 pessoas morreram e mais de 70 foram hospitalizadas após o consumo da substância; narcotraficante ‘El Paisa’ é apontado como possível dono do lote adulterado

  • Por Jovem Pan
  • 03/02/2022 12h11 - Atualizado em 03/02/2022 12h17
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Eliana OBREGON / AFP Dois policiais da Argentina analisando lotes de cocaína contaminada Polícia apreendeu cerca de 15 mil doses de cocaína envenenada em um bunker na região metropolitana de Buenos Aires

Pelo menos 20 pessoas morreram e mais de 70 foram hospitalizadas em Buenos Aires, na Argentina, na quarta-feira, 2, pelo consumo de cocaína adulterada, provavelmente com opiáceos. As vítimas, a maioria homens na faixa de 30 a 40 anos, teriam sofrido convulsões violentas e paradas cardíacas. Segundo informações da mídia local, 49 pessoas ainda estão internadas. Dessas, 21 estão em ventilação mecânica. A maioria dos casos foi leve, com pacientes relatando alteração do estado de consciência, vômitos, tontura e dor de cabeça. “Eu o encontrei caído no chão. Mal, muito mal, quase não respirava, com os olhos virados para trás”, relatou Beatriz Mercado, que encontrou seu filho de 31 anos no chão da cozinha, à AFP. Exames toxicológicos estão sendo realizados para determinar com qual outra substância a droga foi modificada. O ministro da Segurança da província de Buenos Aires, Sergio Berni, pediu aos consumidores que compraram cocaína na região metropolitana da capital recentemente que descartem a droga.

A partir do depoimento dos consumidores, a polícia identificou o local de venda da substância: em um bunker no assentamento Puerta 8, na cidade de Tres de Febrero, região metropolitana de Buenos Aires. Pelo menos oito pessoas foram presas nesta quarta-feira, 3, incluindo um narcotraficante conhecido como “El Paisa” – Joaquín Aquino, de 33 anos, é o suspeito principal de ser o dono do lote de drogas alteradas. Ele estava sendo procurado pela polícia desde 3 de junho de 2020, quando sua liberdade condicional foi revogada. Durante as batidas realizadas, os agentes apreenderam cerca de 15 mil doses de cocaína envenenada. A droga foi identificada pela embalagem rosa dos produtos. A polícia trabalha com duas linhas de investigação, de acordo com o La Nacíon. Uma delas considera que o envenenamento faz parte de um acerto de contas entre quadrilhas da região. A outra possibilidade é que os consumidores tenham comprado uma sustância diferente, embora parecida com a cocaína: o fentanil.

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