Protestos na Venezuela: 11 mortos e 750 detidos em atos contra a reeleição de Maduro
Há dois menores de idade entre os mortos; a estas vítimas soma-se a morte de um soldado ‘devido a tiros disparados por manifestantes’ no Estado de Aragua, segundo um relatório do Ministério Público venezuelano
Ao menos 11 civis morreram nos protestos que eclodiram em Caracas e em outras cidades da Venezuela contra a reeleição do presidente chavista Nicolás Maduro no domingo (28), informaram nesta terça-feira (20) quatro organizações de defesa dos direitos humanos. “Há onze pessoas mortas nestes protestos. Cinco dessas pessoas [foram] assassinadas em Caracas. Preocupa-nos o uso de armas de fogo nessas manifestações”, declarou Alfredo Romero, diretor da ONG Foro Penal Venezolano, ao detalhar que há dois menores de idade entre os mortos. A estas vítimas soma-se a morte de um soldado “devido a tiros disparados por manifestantes” no Estado de Aragua, segundo um relatório do Ministério Público venezuelano.
Feridos e detidos nos protestos
Além disso, a organização Médicos pela Saúde estimou em 84 o total de feridos nas manifestações, registradas em várias regiões do país e reprimidas em alguns casos pelas forças de segurança com gás lacrimogêneo e munição de chumbinho, em Caracas na segunda-feira (29). Pelo menos 750 pessoas foram detidas na Venezuela nas últimas horas, depois dos numerosos protestos registrados em várias regiões do país contra o suposto resultado oficial das eleições de domingo (28), que ratificaram Nicolás Maduro como presidente reeleito. O procurador-geral, Tarek William Saab, apresentou nesta terça-feira (30) um balanço da atuação das forças de segurança no âmbito destas manifestações, que também resultaram em 48 policiais e militares feridos, bem como na morte de um membro das Forças Armadas “em consequência dos tiros disparados por estes manifestantes” no Estado de Aragua (norte). Saab não falou sobre os ferimentos sofridos pelos manifestantes, que foram repelidos com gás lacrimogêneo e chumbinhos utilizados pela força pública.
Publicado por Carolina Ferreira
*Com informações da EFE
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