Rappi causa polêmica ao comprar vacina apenas para entregadores mais ativos na Colômbia

Representante de relações públicas da marca no país deu entrevista a uma rádio local afirmando que comprou 4 mil doses para vacinar 2 mil entregadores, 5% do efetivo total

  • Por Jovem Pan
  • 02/07/2021 18h29 - Atualizado em 02/07/2021 21h25
MARCELLO ZAMBRANA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO motoqueiro com bolsa da rappi Empresa pode ser obrigada a contratar entregador no modelo CLT

O serviço de entregas Rappi causou polêmica na Colômbia após anunciar uma ação de compra de vacinas contra a Covid-19 e os critérios para imunizar entregadores no país. Em entrevista ao programa Mañanas BLU, de uma rádio local, o diretor de relações públicas da marca, Juan Sebastián Rozo, disse que a maior exposição dos funcionários foi o que motivou a compra, mas explicou que aqueles que tiverem mais corridas serão imunizados. “Vamos priorizar aqueles que mais pegam entregas, que estão mais conectados. Nosso objetivo é dar ferramentas de proteção aos colaboradores que mais prestam serviço”, disse. Segundo o diretor, quatro mil doses foram compradas pela marca para vacinar duas mil pessoas: metade em Bogotá, 500 em Medellín, 250 em Cali e outras 250 em Barranquilla. A quantidade corresponde a 5% do número total de entregadores registrados no país: 40 mil. A história viralizou nas redes sociais e uma série de mensagens considerando o caso como um “episódio de Black Mirror” e chamando-o de “neomeritocracia” viralizaram. Apesar da repercussão negativa, a empresa ainda não se posicionou publicamente sobre a ação.

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