Representante do movimento antimáscaras nos EUA morre de Covid-19

Segundo mídia norte-americana, Caleb Wallace, de 30 anos, tentou se tratar com aspirina, vitamina C e um remédio contra vermes antes de ser internado

  • Por Jovem Pan
  • 30/08/2021 15h56
Reprodução de vídeo do YouTube homem de boné e óculos de sol Caleb Wallace morreu aos 30 anos, deixando esposa e três filhos

O norte-americano Caleb Wallace, de 30 anos, conhecido por ser uma das principais vozes contra máscaras e outras restrições sanitárias para evitar a Covid-19 no estado do Texas, nos Estados Unidos, morreu no último sábado, 28, cerca de um mês após ser internado com a doença. “Caleb morreu. Ele viverá para sempre nos nossos corações e na nossa memória”, afirmou a esposa dele, Jessica Wallace, em uma página de financiamento coletivo criada para ajudar a pagar as despesas da internação. Segundo o jornal norte-americano San Angelo Times, Wallace teve os primeiros sintomas da doença e tentou se tratar com aspirina, tabletes de vitamina C e até mesmo um remédio contra vermes antes de ser obrigado a ir ao hospital por um parente.

Caleb, que morava no distrito de San Angelo, começou a ter sintomas da doença em 26 de julho, mas não quis se testar. Ele foi internado quatro dias depois e ficou em coma induzido e ventilação mecânica no dia 8 de agosto, permanecendo assim até o dia da sua morte. Ele deixa a esposa, que estava grávida, e três filhos. Quando Caleb ainda estava internado, Jessica Wallace publicou uma mensagem direcionada aos que desejavam a morte do norte-americano. “Sinto muito que as opiniões dele tenham machucado vocês. Rezo para que ele saia dessa com uma nova perspectiva e com um apreço maior pela vida. Não posso falar mais do que isso porque não posso falar por ele”, disse. Além de liderar o “Rally da liberdade” no condado de San Angelo, Caleb era líder do grupo “Defensores da Liberdade de San Angelo”, que pregava contra o fechamento de lojas, o uso obrigatório de máscaras e questionava os fatos científicos por trás da pandemia. Em abril de 2021, ele chegou a escrever uma carta para o distrito escolar local pedindo que todos os protocolos contra a doença fossem suspensos.

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