Restos mortais de líder do Estado Islâmico foram eliminados, diz EUA

De acordo com a “CNN”, restos do fundador do EI foram lançados ao mar

  • Por Jovem Pan
  • 28/10/2019 17h27 - Atualizado em 28/10/2019 17h28
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Reprodução ab Baghdadi se matou na noite do último sábado durante uma operação militar americana no noroeste da Síria

Os restos mortais do líder do grupo terrorista Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al Baghdadi, foram eliminados após a comprovação de sua identidade, informou nesta segunda-feira (28) o Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

Baghdadi se matou na noite do último sábado durante uma operação militar americana no noroeste da Síria. Ao ser localizado em um imóvel e após um confronto entre combatentes do Estado Islâmico e militares dos EUA, o líder terrorista fugiu por um túnel, levando três crianças. Ao ser acuado por cães militares, ele detonou um colete de explosivos que usava, cometendo suicídio e causando a morte dos três menores.

“Os restos mortais de Baghdadi foram levados para uma instalação segura para confirmar sua identidade com exames de DNA, e a eliminação deles foi realizada de forma completa e de maneira apropriada”, afirmou o chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA, Mark Milley, em entrevista coletiva no Pentágono.

Milley não detalhou o processo usado para eliminar os restos mortais, mas disse que existem vídeos e fotos do momento do ataque das forças americanas ao imóvel onde estava Baghdadi, perto da fronteira da Síria com a Turquia.

Segundo dois funcionários do Departamento de Defesa citados hoje pela rede de televisão “CNN”, os restos mortais do fundador do EI foram lançados ao mar, o mesmo protocolo usado após a morte do líder da Al Qaeda, Osama Bin Laden, em 2011, embora o Pentágono não o confirme.

Milley concedeu a entrevista ao lado do secretário de Defesa, Mark Esper, que classificou como “valente” a decisão do presidente do país, Donald Trump, de dar sinal verde a uma operação tão complicada em território sírio.

O chefe do Pentágono disse que a morte de Baghdadi representa um “golpe devastador” contra o EI, embora tenha alegado que a situação de segurança na Síria “continua complexa”.

Com a morte de Baghdadi, foi fechado um capítulo de vários anos de perseguição a um dos homens mais procurados pelos EUA depois que proclamou, em junho de 2014, um califado em amplas regiões de Síria e Iraque.

O grupo perdeu pouco a pouco seu domínio nos dois países, e em março deste ano viu cair seu último reduto, Al Baghuz, no leste da Síria.

O anúncio da morte do terrorista aconteceu poucos dias depois de os EUA terem reduzido a presença na região e de Trump ter anunciado uma polêmica retirada de tropas que atuavam na Síria.

* Com informações da EFE

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