Russas libertadas pelos Hamas chegam a Israel; gabinete de guerra de Netanyahu se reúne para discutir prorrogação da trégua

Cessar-fogo acaba nesta quinta-feira, 30, às 7h (2h em Brasília); ainda hoje é esperado a libertação do sexto grupo de reféns 

  • Por Jovem Pan
  • 29/11/2023 18h11
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HAMAS MEDIA OFFICE / AFP russas libertadas (1) Combatentes do Hamas entregando russas libertas para a a Cruz Vermelha

O Hamas libertou duas mulheres com dupla cidadania russa-israelense nesta quarta-feira, 29. Segundo as autoridades israelenses, elas já chegaram a Israel. Segundo o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, as reféns são Yelena Trupanov, de 50 anos, e Irena Tati, de 73. No domingo, o Hamas libertou Ron Krivoi, um russo-israelense de 25 anos, também em agradecimento ao “apoio à causa palestina” de Putin. Apesar da libertação das russas, ainda não há informação quanto a última lista de reféns que deveria ser solta nesta quarta em decorrência do acordo que acaba na quinta-feira, 30, às 7h (2h em Brasília). Na imprensa israelense, circula que a libertação do sexto grupo de reféns foi adiada. Segundo o ‘Canal 12’, o gabinete de guerra de Israel deverá reunir-se em breve, informa o ‘Canal 12‘, com os ministros para discutir a questão do prolongamento da atual pausa nos combates.

Anteriormente, uma fonte próxima ao movimento islâmico informou que o grupo palestino entregou o “sexto grupo” de reféns israelenses ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), mas Israel não confirmou a informação e o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), Daniel Hagari, informou que continuava avançar “o acordo para devolver os reféns, conforme acordado”, disse, acrescentando há atualmente 159 reféns detidos na Faixa de Gaza. Pela manhã o Hamas já havia informado o interesse em ampliar a trégua por mais quatro dias e manter os mesmo termos que estão em vigor hoje: cessar-fogo, reféns em troca de presos palestinos e ajuda humanitária, mas Israel ainda não havia se pronunciado sobre a prorrogação do acordo, a qual a comunidade internacional pressiona para que aconteça.

O grupo islâmico anunciou nesta quarta que iria libertar vários cidadãos russos mantidos em cativeiro na Faixa de Gaza como um gesto de boa vontade para o presidente russo, Vladimir Putin, enquanto Israel aguarda a libertação de outros dez reféns israelenses. Por sua vez, o Exército israelense disse que a libertação delas é separada da devolução dos dez israelenses que serão soltos nesta quarta-feira como parte do acordo com o Hamas. Desde que a trégua entre Hamas e Israel começou, no dia 24 de novembro, 60 reféns israelenses, assim como de 20 tailandeses, um filipino e um russo-israelense à margem do acordo, foram entregues em virtude do acordo de troca por prisioneiros palestinos, sendo mulheres e menores de idade de ambos os lados.

Todos os libertos são civis e, no caso dos reféns estrangeiros, esse pacto não se aplica, mas sua libertação se deve a acordos paralelos, de modo que homens também foram liberados. A previsão é que mais dez reféns israelenses na Faixa de Gaza sejam libertos ainda nesta tarde em troca da soltura de 15 mulheres e 15 menores de idade palestinos das prisões israelenses. Até o momento, 180 palestinos foram liberados. Tudo isso ocorre enquanto reféns civis permanecem na Cidade Gaza e o Catar atua como mediador nas negociações para uma extensão da atual trégua, que começou na sexta-feira e expira nesta noite, mas pode ser prolongada se o Hamas concordar em libertar mais dez pessoas por dia.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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