Rússia ataca jardim de infância e orfanato, diz ministro das relações exteriores da Ucrânia

Dmytro Kuleba ainda afirmou que vai levar o caso para o Tribunal Internacional de Crimes de Guerra, em Haia

  • Por Jovem Pan
  • 25/02/2022 12h09
TIMOTHY A. CLARY / AFP - 23/02/2022 Kuleba ministro de relações exteriores Dmytro Kuleba, ministro das Relações Exteriores da Ucrânia

O ministro das Relações Exteriores da UcrâniaDmytro Kuleba, utilizou as redes sociais nesta sexta-feira, 25, para denunciar mais ataques russos contra civis no território ucraniano. Ele disse que um jardim de infância e um orfanato foram os novos alvos do Kremlin e afirmou que a situação configura um crime de guerra que pretende levar para o Tribunal Internacional de Crimes de Guerra, em Haia, na Holanda. “Os ataques russos de hoje a um jardim de infância e a um orfanato são crimes de guerra e violações do Estatuto de Roma. Juntamente com a Procuradoria Geral da República estamos coletando este e outros fatos, que enviaremos imediatamente para Haia. A responsabilidade é inevitável”, afirmou Kuleba em seu perfil oficial do Twitter por volta das 9h30 desta sexta-feira, 25, no horário de Brasília.

O Tribunal de Haia é uma Corte com jurisdição sobre mais de 120 países e é responsável por julgar indivíduos acusados de crimes contra a humanidade, crimes de guerra, genocídios e crimes ambientais em larga escala. Ele foi estabelecido em 2002 conforme o Artigo 3º do Estatuto de Roma. Mais cedo, Kuleba já havia feito uma publicação para denunciar o que chamou de “horríveis disparos” de mísseis contra a capital da Ucrânia, Kiev. A autoria do ataque não foi assumida pela Rússia, como na acusação do governo ucraniano. O prefeito da cidade, Vitali Klichko, afirma que há pelo menos três feridos em um bairro a sudoeste, dentre os quais um estaria em estado grave. Assim como o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, o ministro das Relações Exteriores vem utilizando sua presença nas redes sociais para divulgar o diálogo que vem fazendo com diversos chefes de Estado, buscando apoio e solicitando mais sanções contra a Rússia. 

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