Rússia considera retirar apoio em Myanmar após mortes de manifestantes

O anúncio foi feito no mesmo dia em que a Coréia do Sul decidiu parar de vender armas aos birmaneses e que o Reino Unido recomendou que seus cidadãos deixem o país do Sudeste Asiático

  • Por Jovem Pan
  • 12/03/2021 17h47
EFE/EPA/STRINGER Os capacetes têm sido cada vez mais utilizados pelos manifestantes para se proteger contra a repressão do Exército do Myanmar Os capacetes têm sido cada vez mais utilizados pelos manifestantes para se proteger contra a repressão do Exército do Myanmar

A Rússia afirmou nesta sexta-feira, 12, que avalia a situação do Myanmar como sendo “alarmante” devido ao número crescente de civis mortos durante as manifestações. De acordo com um levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 70 pessoas perderam suas vidas por causa da violenta repressão policial. A Rússia foi um dos poucos membros do Conselho de Segurança da ONU que tinha se oposto a chamar a tomada de poder no país de “golpe de Estado”, mas deu sinais de que pode estar mudando de opinião. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirma que o governo russo está avaliando a situação antes de decidir se juntar ou não às nações que lançaram sanções contra o Exército do Myanmar.

A última nação a entrar para essa lista foi a Coréia do Sul, que nesta sexta-feira, 12, suspendeu sua cooperação técnico-militar com o país. Por meio de comunicado, o Ministério das Relações Exteriores justificou a decisão dizendo que “apesar das repetidas demandas da comunidade internacional, incluindo da Coréia do Sul, há um número crescente de vítimas em Myanmar devido a atos violentos das autoridades militares e policias”. Na prática, isso significa que o país deixará de exportar armas aos birmaneses. No mesmo dia, o Reino Unido lançou a recomendação de todos os cidadãos britânicos deixem o país do Sudeste Asiático.

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