Sacrificados? Confira o que vai acontecer com os cães da rainha Elizabeth II

Apaixonada pelos animais, a soberana deixou quatro cachorros ‘órfãos’, sendo dois corgis, Muick e Sandy; um cocker spaniel, Lissy; e Candy, um dorgi

  • Por Jovem Pan
  • 11/09/2022 11h22
Steve Parsons / POOL / AFP Rainha Elizabeth II teve mais 30 cachorros da raça corgi ao longo da vida Rainha Elizabeth II teve mais 30 cachorros da raça corgi ao longo da vida

Elizabeth II teve os cães corgis como fiéis escudeiros por quase um século, até a sua morte, aos 96 anos, na última quinta-feira, 8. De acordo com relatos oficiais, a rainha chegou a ter 30 animais da raça, sendo que alguns deles chegaram a ganhar um papel no vídeo que a monarca estrelou ao lado do ator Daniel Craig, interpretando James Bond, para o evento de abertura das Olimpíadas de Londres, em 2012. Apaixonada pelos bichos, Elizabeth II deixou quatro cachorros “órfãos”, sendo dois corgis, Muick e Sandy; um cocker spaniel, Lissy; e Candy, um dorgi (um híbrido de dachshund e corgi cuja origem é atribuída à rainha). Com o falecimento da soberana, uma dúvida pairou no ar: o que acontecerá com os cães? De acordo uma página do Twitter, dedicada a criticar conteúdos de revistas femininas, eles seriam sacrificados e enterrados junto com a britânica. Apesar da repercussão da postagem, o Palácio de Buckingham ainda não deu detalhes sobre o assunto.

Independente do que acontecer, os animais dificilmente aproveitarão de uma vida tão cuidada como desfrutaram com Elizabeth II. Isto porque os chefes da realeza preparavam cuidadosamente o menu dos animais, embora eles talvez gostassem mais das migalhas que caíam da mesa ao longo de chá das cinco da monarca ou devorando as torradas com compota que a rainha os oferecia no café da manhã. Além do tratamento nada convencional, psicólogos caninos atendiam os bichinhos quando ocorriam problemas entre eles, que tinham as próprias meias no Natal, quando recebiam os presentes. Para a rainha, os seus cães, especialmente os corgis, eram muito especiais. “A rainha não tinha nenhuma intenção de criar uma nova raça. Ela via os corgis como uma diversão entre ela e a sua irmã (Margaret), e eles eram cães tão amigáveis que continuaram sendo feitos”, diz Penny Junor no livro “All the Queen’s corgis” (“Todos os corgis da Rainha”, em tradução livre), publicado em 2018.

A autora explica na mesma obra que duas das pessoas mais próximas à soberana, a sua costureira Angela Kelly e seu braço-direito, Paul Whybrew, muitas vezes cuidavam pessoalmente dos animais. No entanto, a suposição mais comum entre os especialistas é que os cuidados dos cães da rainha recairão sobre os seus filhos, sendo o príncipe Andrew (dito ser o filho preferido de Elizabeth) um dos principais candidatos a herdar um dos cães. A paixão da rainha pelo corgis, vale lembrar, remonta aos sete anos de idade, quando ela persuadiu o pai a comprar um. À época, George, Duque de York, não era sequer o herdeiro da Coroa e a família vivia uma vida calma e confortável em uma casa no centro de Londres. Como lembra o jornal “The Daily Telegraph”, a família já tinha vários cães, incluindo labradores e um spaniel, mas Elizabeth e Margaret ficaram apaixonadas por um corgi do vizinho que parecia muito mais divertido do que os próprios cães delas. O pai amoroso das duas meninas não pôde recusar o pedido das filhas e, em 1933, encarregou um criador a trazer três cachorros para a sua casa no endereço 145 Picadilly, em Londres, para ficar com um deles. Agora, a comunidade de proprietários de corgi no Reino Unido sente que ficaram sem a grande madrinha dos seus animais. Para Kay Hogg, secretário escocês da Liga de Corgi do País de Gales, “uma parte do nosso mundo foi perdida”. Hogg recordou à agência local de notícias “PA” que “para onde quer que a rainha fosse, sempre havia corgis”, uma raça que ela descreveu como “cães pequenos com grandes personalidades”.

*Com informações da Agência EFE

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