Senado dos EUA começa audiência com indicada por Trump à Suprema Corte

Juíza Amy Coney Barret pode assumir vaga da juíza Ruth Bader Ginsburg, mas partido Democrata pretende atrasar audições por possibilidade de interferir na nomeação

  • Por Jovem Pan
  • 12/10/2020 11h07
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Moneymaker Anna/Pool/ABACA Juíza passará por audiência com senadores

O Comitê Judiciário do Senado dos Estados Unidos iniciou, na manhã desta segunda-feira, 12, audiência com a juíza Amy Coney Barret, indicada pelo presidente americano, Donald Trump, para a vaga aberta na Suprema Corte após a morte da juíza Ruth Bader Ginsburg. As sessões devem ocorrer até a próxima quinta-feira, 15, presididas pelo senador Lindsey Graham. Três dos senadores republicanos que participam do comitê de 22 pessoas não poderão estar no primeiro dia de audiências porque estão em quarentena após dois deles testarem positivo para covid-19 e um terceiro ter sido exposto a alguém com sintomas.

Apesar de fazer publicações constantes nas redes sociais, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se limitou a republicar a mensagem de alguns apoiadores à nomeação da possível juíza ao cargo. “Juíza Amy Coney Barrett é uma mulher de caráter, uma pessoa de fé e uma mãe excepcional de sete filhos”, afirmou a senadora republicana Marsha Blackburn em publicação compartilhada por Trump.

Candidata à vice-presidência dos EUA na chapa encabeçada pelo ex-vice-presidente Joe Biden, Kamala Harris irá participar da audiência de forma virtual. Sob pressão dos dois lados, o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, disse que a oposição pretende não garantir o quórum na votação, para atrasar o processo. As tensões sobre a nomeação da juíza à Corte ocorrem porque os EUA estão a pouco menos de um mês das eleições presidenciais que podem garantir mais quatro anos do governo Trump ou retirá-lo do poder.

Desde a morte de Ruth Ginsburg, o Partido Republicano tem sido criticado por acelerar a sucessão da juíza em período tão próximo da eleição. Em 2016, a legenda impediu o então presidente, o democrata Barack Obama, de nomear o sucessor de Antonin Scalia sob o argumento de que aquele era ano eleitoral.

*Com informações da EFE

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