Eleições nos EUA: Liderança de Biden deve ser vista com cautela
A eleição presidencial dos Estados Unidos está marcada para o dia 3 de novembro
Ao contrário do que acontece no Brasil e em outros países, nos Estados Unidos não basta ter mais votos do que os adversários para se tornar presidente da República. Em 2016, por exemplo, Donald Trump teve menos votos diretos do que Hillary Clinton, mas foi o vencedor. Isso acontece porque a eleição por lá é indireta. Basicamente, o eleitor, na cédula, escolhe um candidato a presidente — mas o voto, de fato, vai para o chamado delegado. Ele é um representante dos estados e que vai dirigir o voto ao candidato conforme a decisão da população local. Por isso, cada estado tem peso diferente na eleição. A Califórnia, por exemplo, estado mais populoso do país, tem 55 delegados e o Kansas, um estado pequeno, apenas seis.
Ao todo, são 538 delegados e, para se tornar presidente, é preciso conquistar “metade mais um” dos votos, ou seja: 270. Este é o chamado “número mágico” da eleição norte-americana: o candidato que conquista o apoio de 270 delegados chega à Casa Branca. O professor de Relações Internacionais da FAAP, Carlos Gustavo Poggio, cita o caso da última eleição da última eleição para mostrar que, nem sempre, o número maior de votos diretos significa a vitória. Apesar disso, o professor Carlos Gustavo Poggio ressalta que casos assim são raros: na história americana, em apenas quatro eleições o candidato que recebeu menos votos dos eleitores chegou à presidência. O professor de Relações Internacionais da ESPM, Alexandre Uehara, explica que, por esse motivo, a liderança de Joe Biden nas pesquisas de intenção de voto deve ser vista com cautela. A eleição presidencial dos Estados Unidos está marcada para o dia 3 de novembro.
*Com informações do repórter Vitor Brown
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.