Serviço Geológico dos EUA descarta risco de tsunami após erupção de vulcão nas Ilhas Canárias
Órgão de monitoramento classificou notícias sobre ondas gigantes como ‘clickbait’ e governo da Espanha descartou possibilidade de colapso do Cumbre Vieja
Especialistas do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), descartaram a possibilidade de que a erupção do vulcão Cumbre Vieja, na ilha de La Palma, na Espanha, gere um tsunami capaz de atingir a costa norte-americana. Em nota divulgada no Twitter, o grupo respondeu a um usuário que questionava a possibilidade de ondas gigantes atravessarem o Oceano Atlântico, o que também afetaria o Brasil. “Os colapsos de vulcões insulares são eventos muito raros. Se acontecesse (não há evidência iminente, a propósito), teria um grande impacto local. A ideia do ‘mega tsunami’ no campo distante foi em grande parte desmascarada”, afirmou. O órgão classificou as notícias de possíveis tsunamis como um “clickbait” e recomendou que os usuários acompanhassem informações sobre a erupção por meio das contas do Instituto Vulcanológico das Ilhas Canárias e do Instituto Geográfico Nacional da Espanha.
Teorias sobre uma catástrofe gerada pela erupção do vulcão nas Ilhas Canárias são baseadas em um estudo feito em uma universidade da Califórnia no ano de 2001. Nele, dois pesquisadores projetaram que uma onda de até 25 metros seria capaz de cruzar o Atlântico em alta velocidade, atingindo parte da costa do continente norte-americano e do nordeste brasileiro. Com a disseminação da informação, o Instituto Vulcanológico das Ilhas Canárias, responsável por monitorar o Cumbre Vieja, indicou que a hipótese foi refutada anteriormente após a estabilidade do vulcão ser comprovada, eliminando o risco do colapso considerado pelo estudo. Até o momento, cinco mil pessoas foram retiradas de casa na ilha de La Palma. A lava segue em direção ao oceano com uma velocidade de 700 metros por hora.
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