Sobe para 14 o número de mortos nas piores enchentes na Itália em um século

Especialistas alertam que catástrofes ‘serão habituais’; enchentes deixaram localidades devastadas, milhares de plantações agrícolas afetadas e mais de 20 mil precisaram deixar suas casas

  • Por Jovem Pan
  • 19/05/2023 12h48
ANDREAS SOLARO / AFP inundações na Itália Vista aérea mostra uma fazenda de porcos inundada na cidade de Lugo em 18 de maio de 2023, depois que fortes chuvas causaram inundações na região de Emilia Romagna, no norte da Itália

Subiu para 14 o número de mortos nas inundações em na Emilia-Romagna, região do nordeste da Itália, que já são dadas como as piores em um século. Segundo o Jornal italiano ‘Corriere Della Sera’, a última vítima foi encontrada esta manhã. Eles citam o e As enchentes deixaram localidades devastadas, milhares de plantações agrícolas afetadas, mais de 20 mil precisaram deixar suas casa e pessoas desaparecidas – as autoridades ainda seguem buscando. Além disso, mais de 5 mil fazendas estão inundadas, com animais afogados e dezenas de milhares de hectares submersos, informou a Coldiretti, a maior associação agrícola e pecuária da Itália. Com “seis meses de chuva em 36 horas” e “precipitações recordes” durante duas semanas, “nenhum território consegue resistir”, lamentou o presidente da região da Emilia-Romagna, Stefano Bonaccini. A água deixou imensas superfícies agrícolas encobertas, o que ocasionou na destruição das plantações. Cidades inteiras sofreram com a passagem da lama, algumas pontes caíram e 400 estradas afundaram. Os destroços poderiam custar milhões de euros, aos que se acrescentam 2 bilhões de euros (R$ 10,6 bilhões) pelas inundações ocorridas no começo do mês.

A prefeita de Ravena, Michele de Pascale, indicou na quinta-feira, 18, que, ainda que habitantes de algumas localidades evacuadas pudessem voltar para suas casas, outros teriam que partir pela ameaça de rompimento de alguns diques de contenção. Nos locais onde a água começava a baixar, os moradores limpavam casas e ruas cobertas de lama e entulho. Para as autoridades e os especialistas, essas catástrofes serão habituais. “Nada será como antes, porque esse processo de tropicalização que sobe da África também afeta a Itália”, advertiu o ministro de Proteção Civil, Nello Musumeci. A previsão meteorológica apresentou mehoras nos últimos dias, porém, há chance de voltar a chover durante o fim de semana, e as escolas de cidades como Bolonha e Casalecchio abrirão, embora o estado de emergência continue sendo declarado em toda a região. O governo, que convocou um Conselho de Ministros extraordinário para a próxima terça, 23, anunciou que vai destinar 20 milhões, que se somarão aos 10 milhões já aprovados há umas semanas quando a região sofreu outra inundação, para as primeiras emergências, além de suspender as obrigações fiscais e hipotecas por um tempo.

 

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