Talibã busca integração ao Brics antes da cúpula em Kazan

Apesar de estar listado como uma organização terrorista pela Rússia desde 2007, os dois países têm mantido um canal de diálogo

  • Por Jovem Pan
  • 21/10/2024 05h40
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EFE/STRINGER Combatente talibã monta guarda em Cabul O Talibã é visto como um potencial aliado na luta contra o Estado Islâmico do Khorasan

Nas semanas que precedem a cúpula do Brics, marcada para esta terça-feira (20) em Kazan, na Rússia, o Talibã, que assumiu o controle do Afeganistão em 2021, tem buscado uma oportunidade de se integrar a esse grupo. Embora não seja reconhecido oficialmente por nenhum país, incluindo a Rússia, o porta-voz adjunto do Talibã, Hamdullah Fitrat, enfatizou a importância da participação afegã em fóruns econômicos como o Brics. Um pedido formal foi encaminhado ao vice-premier russo, Yuri Ushakov, mas a confirmação do convite depende da aprovação de todos os membros do bloco.

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A aproximação do Talibã com a Rússia visa alcançar três metas principais: obter reconhecimento internacional, evitar debates sobre direitos humanos e estabelecer a Rússia como uma aliada estratégica. Apesar de estar listado como uma organização terrorista pela Rússia desde 2007, os dois países têm mantido um canal de diálogo. As relações comerciais entre eles cresceram consideravelmente, alcançando a marca de US$ 1 bilhão em 2023. Embora a Rússia não compartilhe afinidades ideológicas com o Talibã, a abordagem pragmática do governo russo tem prevalecido. Moscou sinalizou que poderia reconsiderar a inclusão do Talibã na lista de organizações terroristas, desde que haja um governo inclusivo no Afeganistão e melhorias nas condições de direitos humanos.

O Talibã é visto como um potencial aliado na luta contra o Estado Islâmico do Khorasan, que representa uma ameaça à segurança regional. O pedido do Talibã para participar da cúpula do Brics é um reflexo de sua estratégia para não ser marginalizado na arena internacional, apesar de sua postura radical. A participação em eventos como o Brics poderia ajudar a legitimar o regime talibã e abrir portas para novas parcerias econômicas e políticas.

*Reportagem produzida com auxílio de IA

Publicado por Marcelo Seoane

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