Tim Walz e J.D. Vance concentram ataques em Trump e Kamala durante debate de vices

Disputa entre os vices foi considerada ‘morna’, com poucos assuntos propositivos e foco maior em descredibilizar adversários

  • Por Jovem Pan
  • 02/10/2024 08h39
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ANGELA WEISS / AFP US Senator and Republican vice presidential candidate J.D. Vance (L) and Minnesota Governor and Democratic vice presidential candidate Tim Walz participate in the Vice Presidential debate hosted by CBS News at the CBS Broadcast Center in New York City on October 1, 2024. (Photo by ANGELA WEISS / AFP) Questionados sobre temas como política externa, mudanças climáticas, imigração e economia, os candidatos à vice pareceram mais focados em atacar os candidatos à presidência da chapa oposta, como é tradicional nos debates de vice-presidentes

Os candidatos à vice-presidência dos Estados Unidos, o republicano J.D. Vance e o democrata Tim Walz, se enfrentaram, nesta terça-feira, 1º, no possível último debate da campanha das eleições presidenciais americanas de 2024. Historicamente, os debates dos candidatos à vice-presidência raramente influenciam nos resultado, mas em uma campanha eleitoral na qual Kamala Harris e Donald Trump disputam votos decisivos dos Estados-pêndulo a cerca de um mês antes da votação, o embate desta terça pode somar pontos.

Questionados sobre temas como política externa, mudanças climáticas, imigração e economia, os candidatos à vice pareceram mais focados em atacar os candidatos à presidência da chapa oposta, como é tradicional nos debates de vice-presidentes. À medida que o debate se desenvolveu, Walz deixou de lado uma postura nervosa e inquieta que chamou a atenção no início do duelo, enquanto Vance se mostrou firme, mas menos enérgico do que em aparições anteriores. Dois acontecimentos que marcaram essa terça-feira no noticiário internacional abriram o debate – a crise no Oriente Médio e o furacão Helene. No dia em que o Irã lançou seu segundo ataque contra o território israelense em seis meses, os candidatos foram questionados se apoiariam um ataque preventivo ao Irã.

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Walz, relembrando o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, foi enfático: “A capacidade de Israel de se defender é absolutamente fundamental”. Vance, por sua vez, afirmou que Israel deve fazer o que for necessário para garantir sua segurança: “Devemos apoiar nossos aliados onde quer que estejam quando estiverem lutando contra os bandidos”, declarou. No entanto, ambos evitaram uma resposta direta à pergunta. Walz ainda fez uma crítica velada à gestão de Trump: “Quando o Irã abateu uma aeronave no espaço aéreo internacional, Donald Trump tuitou”. Vance rebateu, mencionando o avanço iraniano em direção à obtenção de uma arma nuclear: “Quem foi o vice-presidente nos últimos três anos e meio? A resposta é seu companheiro de chapa, não o meu.”

A devastação causada pelo furacão Helene, que já matou mais de 150 pessoas nos Estados Unidos na última semana, levou a uma discussão inicial sobre as mudanças climáticas. Walz chamou Helene de “uma tragédia horrível” e disse que o governo de Joe Biden está trabalhando “sem partidarismo” para ajudar os Estados afetados. Vance, por sua vez, declarou: “Tenho certeza de que o governador Walz se junta a mim ao dizer que nossos corações estão com essas pessoas inocentes. Nossas orações estão com elas”, dando uma resposta muito diferente de seu companheiro de chapa, que acusou Biden e Kamala de politizar a resposta ao furacão.

O republicano porém, expressou ceticismo quanto à ligação entre emissões de carbono e aquecimento global. Ele afirmou que “muitas pessoas estão justificadamente preocupadas com esses padrões climáticos malucos”, mas reiterou que tanto ele quanto Trump defendem “ar limpo e água limpa”.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Marcelo Bamonte

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