Trump ataca Biden e se vê como favorito: ‘Só perdemos com uma eleição manipulada’
Em ato na noite da última quinta-feira, 20, o atual líder norte-americano afirmou que conseguirá a reeleição em novembro com larga vantagem
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump minimizou as pesquisas de intenção de voto, que apontam uma vantagem para o rival Joe Biden, do Partido Democrata. Em um ato na noite da última quinta-feira, 20, o atual líder norte-americano afirmou que conseguirá a reeleição em novembro com larga vantagem. “Eles só poderão vencer com uma eleição manipulada”, disse o republicano, em conversa com cerca de 300 pessoas no interior de uma empresa de materiais de construção nos arredores de Scranton, cidade no centro manufatureiro da Pensilvânia, estado que pode decidir as eleições de novembro. Ao público, ele também prometeu “muita polícia, lei e ordem.”
Em 2016, Trump venceu por menos de um ponto percentual na Pensilvânia. Agora, as pesquisas dão ampla vantagem de quase cinco pontos a Biden, que nasceu em Scranton, fato que Trump não deixou passar batido. “Biden nasceu em Scranton e dirá que é daqui. Ele foi embora há 68 anos e abandonou vocês, abandonou a Pensilvânia. Biden vai dar fim à nossa recuperação sem precedentes”, declarou o atual mandatário estadunidense, que minimizou a importância da crise econômica gerada pela pandemia de Covid-19 nos EUA.
Sob a gestão do republicano, o país viu um aumento de casos pela segunda vez desde a primavera e o mercado de trabalho continua sem mostrar sinais de recuperação. “(Os democratas) vão tomar a nossa economia com o socialismo”, acrescentou o mandatário, afirmando que, caso vençam, os democratas “abrirão as fronteiras”, “abolirão a polícia”, “aumentarão o número de refugiados no país” e “realizarão o maior aumento de impostos da história”.
CRÍTICAS A OBAMA E BIDEN
Em frente a um cartaz com as inscrições “Empregos, empregos, empregos!”, Trump disse que as políticas de seu antecessor na presidência, Barack Obama, e Biden, que era o vice-presidente, deixaram os Estados Unidos “fracos, desrespeitados e em perigo”. O presidente voltou aos atos de campanha, embora com um público menor, para aproveitar o início da Convenção Nacional Democrata, que terminará nesta quinta-feira. Como parte da estratégia para ser reeleito em novembro, o atual presidente busca alarmar o eleitor ao mencionar que uma vitória democrata resultará em aumento dos impostos, menos liberdade religiosa e uma ameaça ao porte de armas. “Se Biden for eleito, a nossa segurança acabará. Cartéis de drogas e imigrantes ilegais virão de Honduras, Guatemala e El Salvador”, disse Trump, que se comprometeu a construir centenas de quilômetros de muro na fronteira com o México, apesar de lembrar que tem uma boa relação com o presidente mexicano, Andrés Manuel Lopez Obrador.
Por outro lado, Trump disse que os EUA têm sido o país que melhor lidou com a Covid-19, embora tenha registrado mais de 173 mil mortes, e acrescentou que “a pandemia está nos momentos finais”. “Biden colocará um fim nesta recuperação sem precedentes”, alertou o republicano, que considera a crise atual um simples choque do qual os Estados Unidos emergirão em seu segundo mandato.
*Com informações da Agência EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.