Trump chama democratas de ‘estúpidos’ após confisco de avião de Maduro

Ex-presidente e candidato republicano também criticou governo Biden por licenças e decisões envolvendo o petróleo da Venezuela

  • Por Jovem Pan
  • 03/09/2024 15h49
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EFE/EPA/PETER FOLEY O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, fala à mídia na Trump Tower após o veredicto de culpabilidade. O ex-presidente e candidato republicano à Casa Branca Donald Trump chamou, nesta terça-feira (3), os "líderes" democratas de "estúpidos"

O ex-presidente e candidato republicano à Casa Branca Donald Trump chamou, nesta terça-feira (3), os “líderes” democratas de “estúpidos” depois que os Estados Unidos confiscaram um avião do presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Na segunda, o governo do presidente americano, o democrata Joe Biden, anunciou a apreensão de um avião de Maduro que estava na República Dominicana e seu traslado para a Flórida. “O avião de Maduro acaba de ser confiscado pelos Estados Unidos. Não tem problema, agora ele pode sair e conseguir um muito maior e melhor com todo o dinheiro que pagamos à Venezuela por petróleo que não precisamos”, declarou Trump em sua rede Truth Social. Quando governava em 2019, ele impôs à Venezuela uma série de sanções, incluindo um embargo ao petróleo e gás, como medida de pressão para tentar provocar a queda de Maduro, reeleito na época em eleições consideradas fraudulentas. Biden optou, ao contrário, por uma diplomacia de diálogo com Caracas, mas usou as sanções como moeda de troca.

Ele as afrouxou como recompensa por concessões de Maduro, para estabelecer as bases das eleições realizadas em 28 de julho, e voltou a impô-las quando Caracas não cumpriu suas promessas. No entanto, concede licenças individuais para operar na Venezuela a várias petrolíferas, como a americana Chevron e a espanhola Repsol. “Temos mais OURO LÍQUIDO do que qualquer outra nação”, protestou Trump em sua mensagem. “QUE ESTÚPIDOS SÃO NOSSOS ‘LÍDERES’! SOMOS O ESCÁRNIO DO MUNDO INTEIRO!!!”, acrescentou em maiúsculas. As constantes críticas do republicano ao governo de Biden, especialmente em relação à política migratória, se intensificaram nos últimos meses com a aproximação das eleições de 5 de novembro.

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Em uma entrevista em agosto com o bilionário Elon Musk, proprietário da rede social X, Trump insinuou ironicamente que da próxima vez poderiam se encontrar na Venezuela. “Se algo acontecer com essas eleições, algo que seria um show de horrores, nos encontraremos da próxima vez na Venezuela, porque será um lugar muito mais seguro do que nosso país”, declarou. Em seus comícios, Trump repete várias vezes que o crime na Venezuela está em baixa porque os “criminosos” estão indo para os Estados Unidos. O republicano acusa migrantes em situação irregular de cometer assassinatos nos EUA, baseando-se em casos isolados, apesar de os dados da polícia federal americana (FBI) mostrarem que os crimes violentos estão próximos dos níveis mais baixos em décadas. Maduro foi proclamado reeleito para um terceiro mandato até 2031 pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano, que não divulgou, porém, o detalhamento das atas. A oposição liderada por María Corina Machado assegura que Edmundo González Urrutia, adversário de Maduro no pleito, foi quem venceu as eleições.

Publicado por Luisa Cardoso
*Com informações da AFP

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