Trump rejeita pedido para testemunhar no seu processo de impeachment

A justificativa foi que o julgamento que acontecerá na próxima semana é inconstitucional e que o convite foi uma ‘manobra de relações públicas’ por parte da acusação

  • Por Jovem Pan
  • 05/02/2021 10h40
EFE/ Erik S. Lesser O ex-presidente dos Estados Unidos está sendo acusado de ter responsabilidade direta ou indireta pela invasão ao Capitólio no dia 6 de janeiro

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reusou o convite para testemunhar no julgamento de impeachment no Senado na próxima semana. O principal assessor do republicano, Jason Miller, afirmou nesta quarta-feira, 4, que o republicano não irá depor “em um processo inconstitucional”. Os advogados que apresentarão a defesa do ex-presidente, Bruce Castor e David Schoen, também classificaram o convite feito mais cedo naquele mesmo dia como uma “manobra de relações públicas”.

O pedido para Donald Trump testemunhar foi feito pelo democrata Jamie Raskin, que foi designado como um dos responsáveis pela acusação contra o republicano. “À luz das contestação destas alegações factuais, escrevo para convidar o senhor a dar um depoimento sob juramento, seja antes ou durante o julgamento de impeachment no Senado, a respeito da sua conduta em 6 de janeiro de 2021. Se você recusar este convite, nos reservamos todo e qualquer direito, incluindo o direito de estabelecer no julgamento que sua recusa em testemunhar corrobora uma forte inferência adversa em suas ações (e inação) em 6 de janeiro de 2021”, escreveu.

O ex-presidente está sendo acusado de “incitação à insurreição” que levou à invasão ao Capitólio por seus apoiadores no início do ano. O impeachment foi aprovado pela Câmara dos Deputados no dia 13 de janeiro e será julgado pelo Senado entre os dias 8 e 11 de fevereiro. Para que ele seja condenado, é preciso que uma maioria simples de dois terços da casa votem a favor da acusação.

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