Biden quer reverter legado deixado por Trump em relação à imigração

Pacote de ordens executivas será assinado pelo novo presidente do Estados Unidos nesta terça-feira, 2; pessoas sem documentos terão acesso às vacinas contra Covid-19

  • Por Jovem Pan
  • 02/02/2021 12h53 - Atualizado em 02/02/2021 13h14
EFE/EPA/JIM LO SCALZO Os primeiros dias de Joe Biden na presidência dos Estados Unidos estão sendo marcados por políticas praticamente opostas às de Donald Trump

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinará nesta terça-feira, 2, um pacote de ordens executivas relacionadas à imigração que reverterão o legado deixado pelo seu antecessor, Donald Trump. Entre as medidas que serão adotadas está a formação de um grupo responsável por reunir os menores de idade que foram separados de seus pais após cruzarem a fronteira nos últimos quatro anos. Para isso, os funcionários do governo trabalharão em conjunto com outros países do continente americano para localizar os responsáveis legais das crianças e adolescentes que estão sob custódia dos Estados Unidos. Estima-se que mil menores de idade estejam nessa situação.

Outras ordens executivas visam restabelecer o sistema de asilo, que possibilita que cidadãos da América Central cheguem aos Estados Unidos, e revisar todas medidas aprovadas pelo ex-presidente Donald Trump que criam barreiras para o sistema legal de imigração. No seu primeiro dia de mandato, Biden já tinha ordenado a suspensão da construção do muro na fronteira entre os Estados Unidos e o México, a retirada do veto aos migrantes de países de maioria muçulmana e a proteção do programa Daca, que concede autorização de trabalho e residência a jovens que não possuem documentos.

O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos também anunciou nesta segunda-feira, 1, que os imigrantes sem documentação poderão receber a vacina contra a Covid-19 da mesma forma que os cidadãos norte-americanos. Em comunicado, a entidade afirmou que “é um imperativo moral e de saúde pública garantir que todos os indivíduos que moram nos Estados Unidos tenham acesso à vacina”, de forma que não haverá nenhum tipo de controle migratório nos locais de imunização.

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