Ucrânia adota calendário gregoriano, muda data do Natal para 25 de dezembro e amplia distância da Rússia

Segundo a lei, assinada por Volodymyr Zelensky, população ucraniana esteve por muito tempo sujeita à ideologia russa em quase todas as esferas da vida

  • Por Jovem Pan
  • 28/07/2023 13h59
Jill Wellington/pixabay natal Ucrânia celebrava o Natal em 7 de janeiro

A Ucrânia vai passar a comemorar o Natal no dia 25 de dezembro, e não vai em 7 de janeiro, como costuma ser. Ucrânia muda a data do Natal para 25 de dezembro. A lei foi assinada nesta sexta-feira, 28, pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. “A população ucraniana esteve por muito tempo sujeita à ideologia russa em quase todas as esferas da vida, inclusive com o calendário juliano e a celebração do Natal em 7 de janeiro”, disse a nota que explica o projeto de lei, aprovado pelos parlamentares em meados de julho. No entanto, continua o texto, “o poderoso renascimento da nação ucraniana continua. A luta contínua e frutífera por sua identidade contribui para a consciência e o desejo de cada ucraniano em viver sua própria vida, com suas próprias tradições, suas próprias celebrações”.

A decisão de mudar a data do Natal é a mais recente de uma série de medidas que a Ucrânia tomou nos últimos anos para se distanciar de Moscou, que já havia começado com as mudanças de nome de ruas e de cidades que remetiam à era soviética. A lei ilustra o distanciamento que cresceu entre as igrejas ucraniana e russa, ampliado pela ofensiva russa lançada em fevereiro de 2022. Localizada por vários séculos sob a tutela religiosa da Rússia, a Igreja Ortodoxa Ucraniana foi declarada em 2019 ‘autocéfala’ e independente do Patriarcado de Moscou. A Igreja Ucraniana, leal a Moscou, também declarou sua independência em maio de 2022, quando o patriarca russo Cirilo apoiou a guerra. Um punhado de igrejas ortodoxas em todo o mundo, incluindo as da Rússia e da Sérvia, ainda usam o calendário juliano para suas celebrações religiosas e não o calendário gregoriano, concebido no final do século XVI.

*Com informações da AFP

 

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